Capítulo 49
Penúltimo capítulo
Anteriormente em Vendetta...
O juíz julga Beatriz inocente, Eleonora chama Dr. Luciano para uma sala e o mata cruelmente, ela foge, na fuga quase sofre um acidente mas ela e Marcelo escapam, Rafael e Henrique conversam, a polícia prova que Marcelo traficou Olívia e ele passa a ser procurado, desesperado Marcelo chega na casa de Olavo onde Eleonora está escondida com apenas Sandro nela, Natacha decide viajar feliz por sua vingança ter acabado sendo apenas uma questão de horas para a prisão de Marcelo, Mário finge não se abalar com Natacha indo viajar, Marcelo descobre por Eleonora que Natacha está indo viajar e que ela é Olívia, Marcelo vai até o aeroporto para matá-la
CENA 1. AEROPORTO DE CONGONHAS. INTERIOR. DIA
Marcelo continua escostando a arma na cabeça de Natacha.
NATACHA - Me mata Marcelo, não é isso que você quer? Mas mesmo me matando já é tarde demais, a casa caiu priminho. É muito tarde pra você, é uma pena que também seja pra mim também, mas eu vou feliz priminho só de saber que eu consegui arruinar a vida de quem arruinou a minha.
MARCELO - CALA A BOCA!
Neste instante Mário entra procurando Natacha e se choca.
MÁRIO - Olívia!?
MARCELO - Então esse é o tal cara que você me trai né Olívia!?
Marcelo se afasta de Natacha e vai com a arma até perto de Mário, Mário vai até Natacha e Marcelo passa a render os dois.
MARCELO - Diz aí Mário, quanto ela cobrava pelo serviço hein?
MÁRIO - A Natacha só se prostituiu porque você a obrigou!
MARCELO - Não diga!
MARCELO - (Lacrimejando) Eu te amo Olívia, mas você não quis me obedecer, eu vou ter que te matar. Mas eu te amo muito, ouviu priminha.
NATACHA - Jeito torto de amar não? Você tirou minha liberdade, me estuprou, me usou até quando não quis, me vendeu pra que eu fosse prostituída, mandou matar minha amiga. Isso é AMOR Marcelo? Isso é doença, você e sua amante se merecem.
MARCELO - CHEGA!
Marcelo atira em direção a Natacha, Mário pula na frente e é baleado no ombro. Mário cai no chão, todos ficam boquiabertos em choque.
NATACHA - MÁRIO!
Natacha se agacha até Mário.
NATACHA - SEU MONSTRO! (Para Mário) Calma Mário, vai ficar tudo bem.
MÁRIO - Eu não to aguentando, desculpa Olívia, me perdoa. Eu não quis te entender, quando eu terminei com você foi por impulso, porque eu te amo mais do que tudo e não pudia suportar você se perdendo nessa maldita vingança.
NATACHA - (Chorando) Vai ficar tudo bem Mário, isso vai acabar, a gente vai ser muito feliz, você vai ver.
MARCELO - Olha que lindo o casalzinho! Seria uma pena matar um e deixar o outro vivo, e só pra provar que eu tenho coração, EU VOU MANDAR OS DOIS PRO INFERNO!
Marcelo levanta a arma, logo a polícia chega e entram vários policiais no aeroporto.
POLICIAL - Marcelo Mercedes, o senhor está preso em nome da lei por tráfico internacional de pessoas e preso em fragrante por tentativa de homícidio.
Marcelo vê uma passageira perto dele distraída e a pega rapidamente de escudo humano.
MARCELO - Um movimento e eu estoro os miolos dela. Deixem a passagem livre e coloquem as armas no chão.
Os policiais abaixam as armas, Marcelo passa, ele entra no carro e joga a passageira no chão. Ele foge em disparada, logo os policiais passam a perseguí-lo. Na avenida Marcelo foge atordoado em disparada. Ele entra numa avenida cheia de pedestres e acelera firme, todos correm, um pedestre é atropelado e cai no chão ferido. Marcelo continua a toda, a polícia o perseguindo, eles começam a atirar contra Marcelo que pega sua arma e dispara no pneu de um dos carros que fura, o carro rodopia na pista e para no meio, atrapalhando a passagem dos outros dois carros de polícia. Marcelo foge em alta velocidade. Depois de algum tempo rodando, totalmente atordoado. Marcelo para o carro, de frente para um barranco. Ele sai do carro e senta no kapô do veículo atordoado e chorando, as margens do barranco.
MARCELO - Por que hein? Por que tudo tinha que ser assim? A Olívia o tempo todo tentando me destruir e eu acreditando nisso. Eu deveria saber. Mas isso ainda não acabou, a Olívia vai me pagar caro por isso.
CENA 2. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Eleonora está arrumando algumas malas para fugir com Marcelo, Sandro a ajuda.
SANDRO - Eleonora, tem certeza que você vai fugir agora? Espera a poeira baixar, o nome do Marcelo e principalmente o seu tá em tudo quanto é canto, vocês não iam conseguir fugir do país com tanta facilidade.
ELEONORA - Aí é que o senhor se engana pai.
Neste instante Melisa entra na casa.
MELISA - Eleonora!? Você aqui?
ELEONORA - Mãe...
MELISA - Quanta cara de pau hein! Eu vou chamar a polícia! Seu pai pode ter ficado anos te acobertando, mas eu não!
Sandro pega uma arma de um rack e aponta para Melisa que se assusta.
SANDRO - Já chega sua vadia! Quem você pensa que é pra dizer o que nós temos ou não que fazer hein, sua prostituta!?
MELISA - Antes prostituta do que um verme nojento e sangsuga como você.
SANDRO - Vai pro porão.
Sandro pega o celular de Melisa e a conduz a rendendo até o porão, ele a joga dentro e fecha o porão, ele tranca com um cadeado. Melisa fica desesperada.
MELISA - SANDRO! ME TIRA DAQUI!
SANDRO - Cala a boca Melisa.
CENA 3. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ TARDE
Entardece em São Paulo, pessoas por todos os lados, o dia não está tão ensolarado assim.
CENA 4. DELEGACIA/ RECEPÇÃO. INTERIOR. TARDE
Mirtes e Martins estão tensos, andando de um lado para o outro.
MIRTES - Então quer dizer que até agora não há nenhuma pista da Eleonora e do Marcelo?
MARTINS - Não, a polícia perseguiu ele no aeroporto, mais nada!
MIRTES - Todos estão em perigo, esses dois estão à solta e acuados, são muito perigosos. E nós sabemos muito bem do que aqueles dois são capazes. Nós temos que prende-los!
CENA 5. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Beatriz está arrumando as malas com Cristiano ao lado.
CRISTIANO - Tá tudo certo, já vi as passagens, nós vamos hoje à noite pros Estados Unidos.
BEATRIZ - Ótimo, você não vai acreditar o que o Marcelo aprontou dessa vez! Ele descobriu através da Eleonora que a Olívia é a Natacha e foi no aeroporto dar cabo dela que tava fugindo, nesse instante o Mário chegou e o Marcelo atirou nele, e pra variar ele acabou fugindo. Eu to com medo Cristiano. Eu temo que não dê tempo da gente sumir do mapa e que a Eleonora nos faça algo antes.
CRISTIANO - Eu também, mas vai dar tudo certo, confia Beatriz.
CENA 6. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Eleonora já tem as malas prontas, ela e Sandro estão tensos.
ELEONORA - Cadê o Marcelo que não chega pô!
SANDRO - Ele deve ter sido pego pela polícia, só pode!
O celular de Eleonora vibra, ela pega e começa a ler uma mensagem de Marcelo. "Não consegui, a Olívia ainda tá viva! Eu não vou pra sua casa agora, a gente se vê a noite no heliponto, até lá eu já vou ter conseguido o que quero, o helicóptero tá a sua disposição. Beijos, Marcelo"
ELEONORA - Ele não vai vir pra cá, vou vê-lo direto no heliponto.
Henrique entra na casa e se choca. Sandro pega a mesma arma e aponta para Henrique.
SANDRO - Ótimo Henrique, ainda bem que você chegou! Senta.
Henrique senta no sofá assustado com a arma apontada para ele.
HENRIQUE - O que tá acontecendo aqui!?
SANDRO - Eu cansei Henrique, acabou pra você, acabou pra sua prima, acabou pra Natacha. Acabou pra todo mundo.
HENRIQUE - Se você me matar você se ferra Sandro!
Sandro ri, ele pega um papel e mostra para Henrique.
SANDRO - Eu alterei o seu testamento, no qual dizia que se algo acontecesse com você tudo ia pra instituições de caridade e eu pus EU como herdeiro. Você não falsificou o testamento do meu filho? Eu falsifiquei o seu, agora nada me impede de acabar com você seu viado desgraçado.
HENRIQUE - Você não vai me matar.
SANDRO - Eu mato, mato sim! Eu cansei Henrique! Você toda hora atrapalhando minha vida! ACABOU!
Melisa, no porão pega um alfinete e abre a porta, ela sai correndo do porão, ela rapidamente passa pela sala e foge, Sandro, ao perceber corre atrás dela, Henrique puxa a arma, Sandro corre atrás dela desesperado. No jardim ele pega uma pá e rapidamente bate nas costas de Melisa que cai no chão desacordada. Todos ficam impactados. Sandro vai até ela e checa seu pulso, ele se choca. Eleonora vai até Sandro.
ELEONORA - Pai. A Melisa está... MORTA?
SANDRO - Eu matei! Eu matei a Melisa, Eleonora, eu matei a sua mãe dessa vez, agora, a Melisa está morta!
https://www.youtube.com/watch?v=FzvhDizVlI4
HENRIQUE - (Arassado) Não, isso não pode ser verdade. (Lacrimejando) ASSASSINO! ASSASSINO!
Henrique pega seu celular e rapidamente corre para o banheiro, ele se tranca lá, aflito. Sandro vai atrás. Ele pega o celular e digita "SOS! NA MANSÃO". Ele envia para Beatriz e joga o celular no vaso. Sandro invade insensível.
SANDRO - O que foi seu viado!? Ficou com raivinha da morte da cúmplice? Hein, agora só resta você Henrique, só falta você!
Sandro começa a enforcar Henrique. Ele larga e o joga no banheiro. Ele leva Henrique para a sala e o joga no sofá, ele pega a arma e aponta para Henrique.
SANDRO - (Sádico) Agora, vai lá na cozinha e prepara um suco de cenoura pra mim, muito bem feito ouviu! ANDA LOGO COM ISSO E ME SERVE!
HENRIQUE - Sim senhor.
Henrique vai para a cozinha aflito.
CENA 7. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Beatriz recebe a mensagem, ela fica pensativa e aflita.
BEATRIZ - Cristiano! O Henrique tá em perigo, olha essa mensagem.
CRISTIANO - Então, a Eleonora deve estar lá. Só pode ser isso!
BEATRIZ - Vamos a polícia agora!
CENA 8. DELEGACIA/ RECEPÇÃO. INTERIOR. TARDE
Beatriz e Cristiano entram aflitos na delegacia. Eles vão até Mirtes e Martins. O clima é de tensão.
BEATRIZ - Mirtes, eu acabei de receber uma mensagem do meu primo escrita "SOS! NA MANSÃO", a Eleonora, Mirtes, ela só pode estar na mansão!
CRISTIANO - E se duvidar o Marcelo também.
MARTINS - Ótimo Beatriz, valeu!
Martins e Mirtes saem correndo para averiguar.
CENA 9. CONDOMÍNIO. INTERIOR. TARDE
Vários carros da polícia chegam em comboio na portaria do condomínio. RITMO!
MIRTES - Polícia, nós temos mandado pra entrar.
PORTEIRO - Vocês vão em qual casa?
MARTINS - Eleonora.
PORTEIRO - Um instante, vou avisar.
MIRTES - Nada de avisar não, nós tamo entrando.
O comboio entra. O porteiro rapidamente avisa à Eleonora. Na mansão Eleonora está aflita, com os policiais cercando a casa.
ELEONORA - Eles estão cercando a casa, eu to ferrada! Já sei.
SANDRO - Eleonora, se entrega! Você tá louca? Se eles invadirem eles acham o corpo da Melisa!
Sandro corre até o jardim, pega o corpo de Melisa e leva até o porão e o joga lá, logo ele fecha o porão e vai até a sala. Henrique que estava sentado no sofá aproveita para correr, Eleonora pega a arma e coloca na boca de Henrique.
ELEONORA - Senta agora no sofá senão eu estoro sua boca, ouviu seu viado e fica bem quietinho!
Ouve-se as sirenes de polícia se aproximando.
MIRTES - Agora sim, a Eleonora tá acabada!
Surge um helicóptero sobrevoando o condomínio. Ele vai descendo, todos os policiais ficam intrigados.
MARTINS - O que é isso?
Eleonora ouve o helicóptero, ela sorri.
ELEONORA - Agora sim!
Sandro volta para a sala, ela abraça Sandro.
ELEONORA - Adeus pai.
SANDRO - Boa sorte filha!
Eleonora pega uma outra pistola e vários cartuchos, ela dá a que estava em mãos para Sandro.
SANDRO - Você vai ficar aí bem quietinho enquanto eu vou lá ver pela janela do meu quarto tudo que tá acontecendo, senão você vai pro saco que nem a Melisa. Não paga pra ver Henrique.
Sandro vai subindo, Eleonora vai até seu quarto. O helicóptero passa razante perto da janela do quarto de Eleonora que vai até seu quarto, ela ascena para o piloto, os policiais miram nela.
ATIRADOR - Estamos esperando a ordem pra atirar seu delegado.
MARTINS - Não podemos atirar assim sem mais nem menos infelizmente. (No megafone) SE ENTREGA ELEONORA, TÁ TUDO CERCADO!
ELEONORA - (Gritando) Vá à merda!
Eleonora começa a subir a escada junto ao helicóptero que vai partindo, ela escorrega um degrau quase caindo do helicóptero o que provocaria sua morte.
https://www.youtube.com/watch?v=DxjJbRJFvNU&feature=plcp
Eleonora se recupera e vai subindo.
MARTINS - Se rende, ou vamos atirar! PODE ATIRAR!
O atirador começa a atirar, errando sempre. Eleonora sobe no helicóptero ela entra, e fecha a porta.
ELEONORA - (Sorrindo) Eu sempre consigo o que quero, é imprecionante isso!
Enquanto isso na mansão, Henrique rapidamente pega o telefone e tenta se lembrar do número de Beatriz.
HENRIQUE - Qual será o número meu Deus!? Ah, vou ligar pra Esperança!
Henrique disca o número de Esperança afobado, Esperança atende do outro lado da linha.
HENRIQUE - Alo Esperança, tá todo mundo em perigo! Eu to refém do Sandro, a Eleonora vai fugir mas antes ela vai tentar algo com a Bia e o Marcelo também. Avisa pra eles que todos estão em perigo.
ESPERANÇA - Henrique...
Sandro está descendo as escadas, Henrique desliga. Sandro vai até Henrique e o pega pelos cabelos.
SANDRO - Agora é só nós dois viadinho.
HENRIQUE - Vai fazer o que comigo?
SANDRO - Você não era o brinquedinho do meu filho, agora vai ser o meu brinquedinho Henrique.
Sandro sorri maléficamente, Henrique fica com os olhos cheios de lágrimas desesperado.
CENA 10. AVENIDA PAULISTA (SP). EXTERIOR. TARDE
O helicóptero sobrevoa razante sobre a Paulista, vários carros da polícia perseguem atirando contra, o helicóptero tenta ganhar altitude sendo alvejado pela polícia.
MIRTES - Atira! A gente tem que acertar aquele maldito helicóptero nem que ele cai no meio da Paulista!
ELEONORA - Anda logo palerma, acelera essa bosta!
PILOTO - Eu to tentando dona, mas é o máximo que eu consigo!
ELEONORA - Dá aqui que eu piloto essa joça!
PILOTO - Não, a senhora não tem experiência!
Um tiro acerta o vidro do helicóptero, o piloto quase tem um troço. Eleonora se assusta.
PILOTO - Dona, eu vou descer, pra mim já deu!
ELEONORA - NÃO!
PILOTO - Sim dona, eles vão nos matar!
O piloto começa a descer o helicóptero, Eleonora olha para a porta.
ELEONORA - Você quer descer? Então desce, mas desce direto pro inferno!
Eleonora abre a porta do helicóptero e empurra o piloto que cai.
PILOTO - (Gritando) AH!
Eleonora fecha a porta e assume o controle do helicóptero.
ELEONORA - Um a menos pra enxer o saco!
Eleonora continua acelerando. O piloto cai no meio da Avenida Paulista, os carros param para não atropelá-lo, ele cai morto, todo ensanguentado. A polícia para para prestar socorro ao piloto já morto. Eleonora, vendo tudo sorri e continua ganhando altitude.
CENA 11. EMPRESA DE TAXÍ. INTERIOR. FIM DE TARDE
Marcelo está conversando com um dono de taxí.
MARCELO - Então, seu Genival, eu quero esse taxí emprestado, só hoje, olha, eu pago o triplo do que eu ofereci inicialmente. 7 mil reais, o que acha?
TAXISTA - Oloco! Esse taxí velho caindo aos pedaços não vale nem um quinto disso, mas é que eu não sei não. Esse é o meu ganha pão.
MARCELO - Pode deixar, eu vou cuidar muito bem dele.
TAXISTA - Ok então.
MARCELO - Não conta pra ninguém que o senhor tá me alugando esse taxí viu?
TAXISTA - Claro, nem teria porque contar.
MARCELO - (Pensamento) Espero que a Olívia curta o último passeio de taxí da vida dela.
https://www.youtube.com/watch?v=DxjJbRJFvNU&feature=plcp
CENA 12. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. FIM DE TARDE
Beatriz está desesperada, tomando um copo de água com açucar, Cristiano ao lado trémulo.
BEATRIZ - A Eleonora tá solta, nós temos que nos mandar o mais rápido possível! Ela vai chegar aqui a qualquer momento.
CRISTIANO - Daqui há algumas horas já vamos estar longe, a Eleonora não vai nos alcansar Bia!
BEATRIZ - Eu espero! Ela é louca, capaz de tudo!
CENA 13. HOSPITAL/ QUARTO DE MÁRIO. INTERIOR. FIM DE TARDE
Mário já medicado, o médico está em seu quarto.
MÉDICO - Seu Mário, já pode ir pra sua casa, tá tudo bem com o ferimento, foi só superficial, mas já vai passar. Tome aquele remédiozinho pra dor e não faça muito esforço.
MÁRIO - Ok. Obrigado doutor.
Mário sai do hospital.
CENA 14. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. FIM DE TARDE/ NOITE
A noite chega muito rápido, muito ritmo. Em todos os lugares pessoas, ônibus, carros, a capital segue em um ritmo agitado e mais acelerado do que nunca, o tempo passa extremamente depressa para todos.
CENA 15. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Beatriz e Cristiano saem as pressas de casa com as malas em mãos.
BEATRIZ - Não vai dar nem pra me despedir das pessoas direito, parece que eu sou uma bandida, fugindo assim as pressas!
CRISTIANO - Nós Beatriz. Mas é o necessário, pro nosso bem e pro deles também.
CENA 16. CASA DE ORLANDO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Orlando está tenso na sala de estar, esperando por Esperança. Esperança entra ofegante e aflita.
ESPERANÇA - Oi seu Orlando, precisamos conversar, espera um pouco, Rafael já tá chegando.
Rafael entra.
RAFAEL - Oi Esperança, quem é o senhor?
ORLANDO - Sou Orlando, prazer.
RAFAEL - Igualmente. Esperança, fala o que foi que você nos chamou tão desesperada?
ESPERANÇA - A Eleonora armou um complô! Todos estão em perigo: Natacha, Beatriz, Cristiano e Henrique.
ORLANDO - A Eleonora sequestrou todo mundo?
ESPERANÇA - Antes fosse, todos estão com um carcereiro diferente. O Marcelo vai aprontar com a Natacha, o Sandro sequestrou o Henrique e a Eleonora vai aprontar com a Bia e com o Cris.
ORLANDO - Ai meu Deus!
ESPERANÇA - Nós temos que impedir isso! E o pior é que não dá tempo de avisar a polícia. Eu vou com a Natacha, seu Orlando vai com a Bia e com o Cris.
RAFAEL - Eu vou lá no Henrique, aquele psicopata não vai fazer nada com o homem que eu amo.
Todos saem aflitos da casa de Orlando.
CENA 17. AEROPORTO DE GUARULHOS/ CHECK-IN. INTERIOR. NOITE
Beatriz e Cristiano bem mais calmos, Beatriz fazendo check-in, eles se beijam, até que o celular de Beatriz vibra.
BEATRIZ - Essa não!
CRISTIANO - Abre Beatriz!
Beatriz abre a mensagem vinda de Eleonora "Volte agora mesmo para a sua casa, se em meia hora não estiver aqui, eu mando o meu pai matar o seu priminho agora mesmo e depois eu é quem vou até você, traga o Cristiano e não apronte nenhuma besteira. SONGAMONGA". Beatriz olha para o Cristiano desolada.
BEATRIZ - É a Eleonora, temos que voltar Cris.
Cristiano e Beatriz correm para voltar para a casa de Beatriz aflitos e desesperados.
MULHER DO CHECK-IN - Moça, perai, suas malas!
CENA 18. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Beatriz e Cristiano entram na casa, ela tenta acender as luzes e não consegue, algumas luzes e não consegue, alguns abajures se ascendem um a um e o último a se acender revela Eleonora sentada num sofá com uma arma na mão, totalmente atordoada.
ELEONORA - (Em tom doentio, encarando Beatriz) Olá Beatriz.
Beatriz e Cristiano ficam amedrontados, eles seguram um a mão do outro, tensos.
https://www.youtube.com/watch?v=DxjJbRJFvNU&feature=plcp
CENA 19. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Henrique está no sofá desolado. Após ter tomado um banho, Sandro desce.
SANDRO - É Henrique, tá tudo acabado. Agora eu sei como a Eleonora se sente cada vez que arruína a sua priminha e como você se sentia me arruinando, é muito doce esse sabor da vingança. A vingança é um prato que se come cru, mas seu sabor é muito doce.
HENRIQUE - Tudo o que eu fiz com você foi uma questão de justiça, você é um monstro, matou seu próprio filho por preconceito! VOCÊ MATOU O SEU FILHO POR PRECONCEITO!
Sandro começa a estrangular Henrique no sofá.
SANDRO - Dane-se! O que importa é que agora eu vou matar é você!
CENA 20. FLAT/ SUÍTE DE NATACHA. INTERIOR. NOITE
Natacha está sorridente, com Mário, até que olha no relógio.
MÁRIO - Vamos Natacha, já tá na hora do ultrassom.
NATACHA - Nem acredito, faltam 1 mês pra essa criança nascer!
MÁRIO - Temos que tomar cuidado pra não antecipar o parto.
Natacha recebe um recado da portaria.
NATACHA - Ótimo, o taxí chegou, vou lá!
MÁRIO - Pra que taxí? Eu posso dirigir.
NATACHA - Você tem que poupar esforços lembra?
MÁRIO - Pode ir descendo, segura o taxí 1 minutinho que eu to fechando tudo.
NATACHA - Ok.
Natacha dá um beijo em Mário, Mário está fechando tudo, Natacha desce sentindo um aperto no peito. Ela desce, sai do flat e entra no taxí. Logo Esperança chega no flat, aflita, ela não vê Natacha no taxí, nem Natacha a vê, ela vai falar com Mário.
ESPERANÇA - Mário, cadê a Natacha!?
MÁRIO - Ela entrou num taxí pro ultrassom.
ESPERANÇA - Ela tem que ter cuidado!
No taxí, Natacha começa a conversar com taxista, sentada no banco de trás.
NATACHA - Olá seu taxista.
MARCELO - Olá, priminha.
Marcelo tira a barba falsa e o chapéu, Natacha, aflita olha para o retrovisor e se choca ao perceber que é Marcelo, Marcelo tranca todo o carro, Natacha tensa sair.
MARCELO - Vamos passear, Olívia?
NATACHA - Marcelo! (Gritando) SOCORRO!
Marcelo, descontrolado acelera o carro. Mário e Esperança se chocam. Eles entram no carro de Mário e começam a perseguir o taxí. Mário na direção sente fortes dores no ombro.
MÁRIO - Au!
Começa uma perseguição, todos tensos.
MARCELO - Isso, é assim que eu gosto, todo mundo juntinho, eu, você, Esperança, só falta a Beatriz pra completarmos todo o pessoalzinho de Marília. Mas a Beatriz a essa hora já deve tá recebendo o que é dela e bem merecido.
NATACHA - O que sua cúmplice fez com a Bia seu louco!?
MARCELO - O mesmo que eu vou fazer com você! PRIMINHA!
Natacha cai no banco deitada e começa a ter fortes contrações, a bolsa estora, água começa a vasar de seu vestido, Natacha se desespera.
NATACHA - Ah! Eu to entrando em trabalho de parto!
Marcelo ri alto e maléficamente.
CENA 21. RUA QUALQUER. EXTERIOR. NOITE
Orlando está dirigindo feito louco pela rua quase deserta, há quadras próximo de Beatriz.
ORLANDO - Ai meu Deus, proteja meu filho e a Beatriz, não deixe que aquela doente os faça mau!
CENA 22. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Eleonora se levanta do sofá. Apontando uma arma para ambos que estão desesperados.
BEATRIZ - Para com isso e se entrega Eleonora. Tem tratamento, você vai se recuperar, Eleonora você é louca, você não vai voltar pra cadeia, você vai se tratar num hospital, calma, não faz besteira.
ELEONORA - CHEGA! CHEGA DESSE PAPINHO DE MOÇINHA DE NOVELA MEXICANA! (Imitando Beatriz) "Ah eu quero que você salve, tudo podia ter sido tão diferente". Para com isso songamonga, você me dá nos nervos!
BEATRIZ - Por que tanta obssessão comigo!? Eu matei o seu irmão em legítima defesa, EU NÃO ERA CÚMPLICE DELE NAQUELE MALDITO ASSALTO!
ELEONORA - Eu sei, sabe por quê? Porque EU, fui a mentora do assalto. Eu quem dei a ideia, sondei o Alcides quando eu tinha um caso com ele e dei a ideia, eu arquitetei tudo, eu fiz a cabeça do Alcides pra ele nos ajudar, incentivei o Sílvio.
BEATRIZ - Sua doente!
ELEONORA - Você lembra Cristiano, que na noite do crime eu me convidei pra jantar na sua casa? Foi pra ninguém desconfiar, nem meu pai.
Cristiano se lembra:
Cristiano prepara-se para ir embora, Eleonora entra.
ELEONORA - Oi amor.
Eleonora beija Cristiano na bochecha.
CRISTIANO - Eu já tava de saída!
ELEONORA - Ah que pena! Eu volto aqui mais tarde pra gente jantar juntos, ok?
CRISTIANO - Ok amor.
Cristiano sai.
ELEONORA - (Pensamento) Ae! Foi embora, ufa! Só vou ter que aturar esse chato e o pai dele agora de noite.
ELEONORA - O tempo inteiro eu manipulei vocês, o tempo inteiro estava tudo debaixo dos narizes de vocês o mistério do assalto. E vocês não foram capazes de desvendar. Como são antas mesmo!
CRISTIANO - Claro!
BEATRIZ - Se você foi a responsável pelo assalto porque essa perseguição comigo? Pelo Cristiano? Você nem o amava!
ELEONORA - É mesmo, o Cristiano foi só um pretexto, ele foi uma pequena gotinha da água que ajudou o meu copo a transbordar. Você sabe por que eu te odeio tanto Beatriz? Por que quando eu te vejo, eu vejo a songamonga da Micheli! É ela quem eu vejo quando te olho!
BEATRIZ - Você é louca!
ELEONORA - CALA A BOCA! QUEM FALA SOU EU! Você é pior que ela, porque quando ela tirou o Sílvio de mim eu recuperei e foi fácil de destruí-la, você não, você tirou o Sílvio de mim de uma forma que (lacrimejando) EU NUNCA MAIS VOU RECUPERAR! VOCÊ O TIROU DE MIM PARA SEMPRE! O Sílvio era o melhor irmão, o melhor amigo, o melhor cuidador, o melhor amante que alguém poderia ter, ele era perfeito. E VOCÊ O TIROU DE MIM! Mas eu me vinguei (sorrindo) eu fui destruindo um a um ao seu redor, te destruindo aos poucos. Primeiro foi meu irmãozinho Olavo, mas o Olavo eu não matei, foi um acidente provocado pela minha armação e do meu pai, se não fosse por isso ele taria aqui vivinho da Silva até hoje! Depois eu matei aquele cãozinho sarnento do Toby que eu matei só pra te provocar, eu o esganei, foi um prazer ouvir o choro dele enquanto minha mão entrava no seu pescoço, a Catarina tadinha, sabia demais! Tinha que morrer, depois foi o Álvaro, aquele embecil foi mudar de lado só porque eu matei a amadinha dele, e no que deu? Sabotei a moto dele e ele estribichou na sua frente em plena Marginal Tietê, pelo que eu soube a morte dele foi horrível!
BEATRIZ - Você tá esquecendo do Alcides.
ELEONORA - O Alcides não fui eu, quem matou o Alcides foi você! Foi você quem matou o Alcides, Beatriz! E eu até lá achando que não você não era de nada hein! Me surpreendeu hein Bia! Palmas pra você!
Eleonora bate algumas palmas.
ELEONORA - A morte do Álvaro, só não foi pior que a da Joana, ela começou a me ameaçar, se tornou um perigo pra mim, então eu pensei: vou matá-la, mas em gratificação aos serviços vou aproveitar e ferrar a pessoa que ela mais odiava o HENRIQUE.
BEATRIZ - Ela não odiava o Henrique, ela o amava, do jeito torto dela, mas no fundo a Joana não era tão ruim quanto você, ela amava o Henrique no fundo.
ELEONORA - Dane-se! Aí eu fiz picadinho dela e incriminei o Henrique, infelizmente não deu. Ele se safou, por muito pouco. Aí veio seu julgamento e pra te dar um sustinho eu dei umas marteladas no seu advogado. Gente, como aquele velhote gritou hein! Os gritos dele ainda ecooam na minha cabeça até agora! E agora mesmo eu matei um piloto, o piloto queria descer sabe? Mas eu não, então eu fiz ele descer direto pro inferno. O problema é que eu tive que abandonar o avião num terreno baldio, roubar um carro e vir até aqui.
BEATRIZ - VOCÊ É UMA MONSTRA!
ELEONORA - Se a Natacha e o Henrique não fossem morrer também pelas mãos do meu pai e do meu cúmplice você poderia dizer isso a eles. É uma pena que não vai poder né songamonga? Ah vai sim, quando todos se encontrarem lá no quinto dos infernos.
BEATRIZ - JÁ CHEGA ELEONORA!
Beatriz entra em luta corporal com Eleonora pela arma, disputando a arma em cima, alguns tiros são disparados no teto, Cristiano tenta se proteger.
ELEONORA - SOLTA ESSA ARMA SONGAMONGA!
BEATRIZ - SOLTA VOCÊ SUA PSICOPATA!
Eleonora puxa a arma para baixo, a arma fica entre as duas que a disputam corpo a corpo, por isso não dá para ver quem está com a arma.
ELEONORA - EU VOU TE MATAR SUA SONGAMONGA!
MUITO RITMO! Um tiro é disparado entre as duas, a arma cai no chão e sangue começa a escorrer também.
A cena congela em efeitos avermelhados nos rostos de Beatriz e Eleonora juntas, coladas e impactadas com o tiro que antigiu alguma das grandes rivais BEATRIZ ou ELEONORA.
https://www.youtube.com/watch?v=x_UL-Ud5MPo
CONTINUA, AMANHÃ ÀS 22H NO ÚLTIMO CAPÍTULO