Capítulo 46

Última semana

Anteriormente em Vendetta...
Rafael pede perdão a Henrique que não aceita, Marcelo visita Eleonora na cadeia, Marcelo é sequestrado por Natacha que o dopa, o joga numa cova e o intimida, Marcelo volta para casa machucado, Beatriz sai da cadeia, Dr. Luciano conversa com Beatriz, Eleonora é liberada, Sandro relembra de Eleonora muito mais jovem chegando em casa com a roupa cheia de sangue e faz mistério, Eleonora faz um pedido para Marcelo, Marcelo incendeia o carro de Henrique com ele dentro
CENA 1. ESTACIONAMENTO DA FACULDADE. INTERIOR. DIA
Vários alunos se únem e abrem a porta para Henrique que sai furioso. Henrique se deita no chão e começa a se debater apagando o fogo, logo que consegue se senta vendo seu carro queimar, furioso.
HENRIQUE - Será que esse inferno nunca vai acabar meu Deus!?
Ao fundo, Eleonora observa tudo com seu rosto coberto por um pano. Eleonora ri de Henrique.
2 DIAS DEPOIS...
CENA 2. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Beatriz, Esperança, Dr. Luciano, Cristiano, Orlando e Natacha estão na casa de Beatriz se preparando para o julgamento que começará em algumas horas.
BEATRIZ - Chegou o grande dia, seja o que Deus quiser!
DR. LUCIANO - A justiça será feita, relaxe Beatriz, tudo dará certo!
CRISTIANO - Com certeza!
CENA 3. LA FRONTIÈRE/ SALÃO. INTERIOR. DIA
Mário está tenso no restaurante, pensando somente no julgamento de Beatriz. Mário vai até Ludmila.
MÁRIO - Ludmila vou lá no julgamento da Bia, você cuida do restaurante?
LUDMILA - Ah seu Mário eu vou ter que ir também! Mas eu vou depois.
MÁRIO - Ok Ludmila, te vejo lá.
Mário sai, Ludmila atenciosamente pega o celular e liga para Eleonora.
LUDMILA - Alo Eleonora, tudo bem sim, eu já vou indo pro julgamento, eu já sei, vou dizer tudo o que combinamos. Mas você comprou mais gente né? Porque só eu acusando a Bia vão me desacreditar! Ah sim. Mais 3 testemunhas?
CENA 4. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Melisa e Henrique estão conversando tensos na sala.
HENRIQUE - É muita cara de pau da sua filha viu! Depois de tudo ter a capacidade de voltar a morar aqui.
MELISA - Ela é uma psicopata! Você não vai pra faculdade?
HENRIQUE - Faculdade do parceiro da Eleonora? Nem louco! Eu vou descansar um pouco.
MELISA - Ok, a Eleonora já se instalou aqui?
HENRIQUE - Sim. Trouxe tudo de volta.
MELISA - Af, vou lá no mercado.
HENRIQUE - Melisa, trás aquele vinho lá pra mim?
MELISA - Claro.
Melisa sai, logo Sandro entra com o jornal do dia e dá à Henrique.
SANDRO - Aqui está seu jornal.
HENRIQUE - Agora limpa a casa pra mim, já que hoje você a ONG não vai estar aberta mesmo.
Henrique vira o jornal que está na última folha dobrado, ele lê a manchete. "Após exatamente uma década, assassinato de garota em colégio de elite ainda está sem solução". Abaixo Henrique vê uma foto de uma garota, ele se lembra:
Henrique se levanta e começa a revirar o quarto de Eleonora, bagunçando tudo atrás do cd. Até que ele abre uma das gavetas da escrivaninha de Eleonora, ele revira tudo por lá, até que encontra um pano. Henrique levanta esse pano e acha um velho diário, fechado com cadeado. Henrique pega o diário e fica intrigado. Henrique começa a chaqualar o diário, até que dele sai uma foto datada do dia 4 de novembro de 2002. Na foto estão Eleonora, Sílvio e uma outra garota, todos por volta de 10 anos mais jovens, por volta de 14/15 anos de idade. Os três estão abraçados, sendo que a tal garota está no meio da foto.
HENRIQUE - Não, não pode ser! A Eleonora tem alguma relação com essa morte será? A Melisa pode ajudar!
Henrique corre para a porta.
HENRIQUE - Melisa, volta aqui!
Melisa volta assustada, enquanto isso Henrique sobe as escadas, arromba o quarto de Eleonora que está vazio. Ele novamente revira sua gaveta até que acha a foto, Melisa sobe até o quarto.
HENRIQUE - Melisa, quem é essa garota? Força bem a mente.
Henrique mostra a foto para Melisa, que força a mente até que se lembra.
MELISA - A Micheli! Ela foi uma namorada do Sílvio e muito amiga da Eleonora, eu soube que ela foi morta né?
Henrique mostra a manchete.
HENRIQUE - Assassinada e eu acho que é a Eleonora.
MELISA - Não pode ser.
HENRIQUE - Ela foi assassinada no colégio às em torno das 8 da noite no colégio dela, que não existe mais, mas que era aqui perto. O dia foi 8 de novembro de 2002. 8 DE NOVEMBRO DE 2002, o que aconteceu na noite deste dia?
Melisa força a mente. Ela se lembra:
8 de novembro de 2002
Eleonora e Sílvio estão conversando na sala de estar, amedrontados. Melisa está limpando a sala de jantar, e por alto está ouvindo a conversa sem prestas atenção.
ELEONORA - A Micheli, ela tá furiosa, ela vai contar pra todo mundo! Eu não sei mais o que fazer!
SÍLVIO - Ela não vai contar.
ELEONORA - Não, isso eu te garanto!
MELISA - Eu ouvi por alto nessa manhã uma conversa estranha que eu mau me lembrava, a Eleonora dizia que a Micheli descobriu algo e que ela não poderia contar... O Sílvio está envolvido.
HENRIQUE - Eu sempre soube que tinha um grande segredo escondido nessa casa, agora o grande segredo é que a Eleonora matou a cunhada? Ah me desculpa Melisa, mas que a Eleonora é uma assassina não é novidade alguma, pra mim isso é apenas a ponte do icebearg. Tem um podre muito fedorento atrás disso.
MELISA - Agora mais do que nunca eu quero descobrir! Mas o que eu não entendo é o porque! Por que ela ia matar a própria amiga, e o por que o Sílvio seria cúmplice do assassinato da namorada!?
HENRIQUE - O Sandro sabe de tudo!
MELISA - Mas isso ele não vai contar isso NUNCA pra gente. Podemos matar, prender, degolar, mas ele não vai falar.
HENRIQUE - (Gritando) Sandro, vem aqui agora!
Sandro sobe e se assusta ao ver tudo.
SANDRO - O que tá acontecendo aqui?
HENRIQUE - Sandro, parte do nosso quebra-cabeça já tá montado, falta apenas algumas peças.
SANDRO - Tá falando do quê?
HENRIQUE - Sabemos que há 10 anos atrás, a Eleonora matou uma amiga que era namorada do Sílvio e o Sílvio foi cúmplice disso. Você também ficou sabendo de tudo e acobertou durante 10 anos e acobertaria por uma vida inteira se eu não tivesse visto a foto da vítima num diário que a Eleonora tinha e algum tempo depois ela não saísse no jornal como morta. Outra peça que nós temos no nosso quebra-cabeça é que a Catarina era amiga dessa Micheli e após a morte dela, ela foi internada num internato porque ela ficou muito traumatizada, agora ela volta, o destino cruza ela e sua filhinha de novo, a Catarina começa a ameaçar a Eleonora de revelar tudo e a Catarina também morre. Tá faltando uma peça, qual é dro?
SANDRO - Desiste Henrique, você nunca vai descobrir.
HENRIQUE - Para tudo, perai, um instante, a Eleonora é uma assassina, golpista e tudo mais e você não a expulsou de casa até hoje, já o Sílvio era apenas um assaltante, um ladrãozinho pé de chinelo então por que você o expulsou? E mais, ele tinha de tudo, por que ele iria se tornar um ladrãozinho pé de chinelo?
MELISA - Essa história não bate Sandro. O Sílvio pode ter caído no crime após você ter o expulsado de casa.
Sandro está aflito.
HENRIQUE - Isso é verdade né Sandro!? Não precisa falar, a gente sabe que é. Agora falta apenas uma peça. Que liga todos os pontos. Qual peça é essa? Fala Sandro, é melhor, vamos descobrir de qualquer jeito.
Sandro soa frio.
SANDRO - Nunca! Vocês não vão descobrir, esqueçam isso!
MELISA - Tá bom, eu vou falar com o Novaes pra ele investigar tudo isso.
CENA 5. CASA DE NOVAES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Melisa está com Novaes com o jornal, a foto e relatando tudo à Novaes.
NOVAES - Ok Melisa, pode deixar eu vou investigar tudo isso. E eu vou descobrir qual é o segredo da Eleonora.
MELISA - Cuidado.
NOVAES - Claro.
MELISA - Obrigado viu? Tá me fazendo um favorzão.
Melisa abraça Novaes. Rola um clima entre ambos que logo se soltam.
CENA 6. DELEGACIA/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Mirtes entra na delegacia.
MARTINS - Novidade?
MIRTES - Sim. O Ministério Público tá fazendo pressão pra investigarmos o assassinato do Alcides, parece que a perícia não investigou tudo. Vamos lá Martins.
MARTINS - Ok né!
CENA 7. CASA DE ALCIDES/ QUARTO DE ALCIDES. INTERIOR. DIA
Mirtes e Martins estão na casa, eles entram no quarto, vasculhando tudo.
MIRTES - Tudo certissímo, parece que tudo não passou de um boato. Não achamos nada!
Mirtes se abaixa e olha debaixo da cama, ela acha uma faca com algumas gotas de sangue. Mirtes pega com uma luva e mostra para Martins.
MARTINS - Que isso?
MIRTES - Uma suspeita faca ensanguentada. Vamos levar pra perícia ver as digitais!
CENA 8. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ TARDE
A tarde cai, um tanto fria e nublada, o que dá mais charme a capital.
CENA 9. DELEGACIA/ CORREDOR. INTERIOR. TARDE
Mirtes segura o resultado da perícia das digitais, ela vai até Martins.
MIRTES - Já descobrimos de quem são as digitais na faca.
MARTINS - De quem!?
MIRTES - Eleonora Martinelli.
https://www.youtube.com/watch?v=FzvhDizVlI4
MARTINS - Fechamos o caso! A assassina de Alcides Brandão é Eleonora Martinelli.
MIRTES - Não, essa faca, ao invés de culpar, ela pode inocentar a Eleonora.
MARTINS - Vamos chamá-la pra depor!
CENA 10. FÓRUM. INTERIOR. TARDE
Eleonora, Beatriz, Henrique, Cristiano, Orlando, Natacha, Mário, Esperança, Dr. Luciano e as testemunhas estão esperando para entrar na sala do julgamento. Todos extremamente tensos. Beatriz, em especial soa frio.
DR. LUCIANO - Se acalma Beatriz, você tá muito nervosa. Assim até parece que tá devendo algo.
BEATRIZ - Você quer que eu fique calma como!? Eu to com medo, vários jurados que irão decidir meu destino somando com um promotor carrasco, um juíz casca grossa e as provas e testemunhas forjadas da Eleonora. Eu to com muito medo doutor.
O celular de Eleonora toca. Ela atende Mirtes.
ELEONORA - O que você quer Mirtes?
MIRTES - Você aqui na delegacia em meia hora pra explicar uma coisinha.
ELEONORA - Tem que ser agora!?
MIRTES - Dependendo de como as coisas correr rapidamente você será liberada.
CENA 11. DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO. INTERIOR. TARDE
Eleonora entra acompanhada de Mirtes, mau humorada.
ELEONORA - O que foi agora?
Martins mostra para Eleonora uma faca embalada com gotas de sangue. Eleonora fica em choque.
MARTINS - Essa faca lembra algo? Pois a perícia lembra suas digitais. Essa faca foi encontrada debaixo da cama do Alcides. Como você pode explicar isso?
ELEONORA - Isso foi armação! Não fui eu, eu não fiz nada.
Mirtes perde a paciência.
MIRTES - (Batendo forte na mesa) JÁ CHEGA ELEONORA! A cada semana eu ando te vendo pelo menos 1 vez aqui pra dar explicações sobre algo. E toda hora é o mesmo papinho (imitando Eleonora) "ah isso é armação", "ah eu não sei de nada", "ah isso é coisa da Beatriz". EU NÃO ENGULO MAIS AS SUAS MENTIRAS. TODOS AQUI SABE QUE VOCÊ É UMA BANDIDA, UMA PISTOLEIRA! Então anda logo e para de se fazer de coitada e explica o que essa merda dessa faca com suas digitais tava fazendo debaixo da cama do Alcides!
ELEONORA - (Pensamento) Ui! Ficou bravinha. (Para Mirtes) Tá bom, não fui eu quem matei o Alcides.
MARTINS - Essa faca foi parar lá na noite do crime?
ELEONORA - Sim.
MIRTES - Se não foi você quem matou, você sabe quem foi!
ELEONORA - Sim, eu sei quem matou o Alcides, quem matou o Alcides foi a mesma pessoa que matou o meu irmão. Beatriz Marcondes.
MIRTES - Então ela sabe que você esteve na cena do crime. Ou seja, novamente será a palavra de uma contra a outra.
ELEONORA - Se a Beatriz soubesse que eu vi tudo eu não estaria aqui agora.
MARTINS - Explica como foi tudo direitinho.
ELEONORA - Tá bom.
Eleonora se lembra:
Eleonora se levanta, olha para a porta e vê Sandro partindo em seu carro, logo Eleonora olha para a escada e vê que Henrique não está descendo. Ela sobe as escadas, ela entra em seu quarto.
ELEONORA - É hoje que eu acabo com aquele desgraçado do Alcides.
Ela abre a gaveta e tira uma faca de lá de dentro. Ela coloca na bolsa. Logo ela desce as escadas segurando a bolsa, ela se depara com Henrique assistindo televisão. Ela se assusta.
ELEONORA - (Espantada) HENRIQUE?
HENRIQUE - Sim Eleonora, (furioso) e cadê seu pai?
ELEONORA - Não sei.
HENRIQUE - Vai aonde?
ELEONORA - Não te interessa.
Henrique puxa a bolsa de Eleonora, que rapidamente a puxa de volta.
ELEONORA - (Amedrontada) NÃO! Não te interessa saber o que tem aqui dentro.
Ela sai.
MARTINS - Você saiu de casa com a faca obstinada a matar o Alcides.
ELEONORA - Sim.
MARTINS - E depois?
ELEONORA - Eu fui até a casa do Alcides.
Eleonora se lembra:
ELEONORA - Eu vou te matar Alcides! Acabou pra você!
Eleonora puxa a faca da bolsa e parte em direção a Alcides que pega a faca de Eleonora, ela puxa a faca e acaba passando de raspão na sua barriga e sangrando e manchando a faca de sangue.
ELEONORA - SEU DESGRAÇADO!
Eleonora levanta a blusa e mostra para Mirtes e Martins um pequeno machucado, quase sumido, em sua barriga.
ELEONORA - Aí eu me cortei no meio disso tudo e o machucado ainda não sumiu por completo.
MIRTES - Não acaba por aí.
ELEONORA - Não!
Eleonora volta a se lembrar:
Eleonora toma a faca de Alcides. Alcides a pega no colo com faca e tudo e joga dentro de seu quarto.
ALCIDES - Você vai esperar aí Eleonora! Eu tenho uma visitinha agora!
ELEONORA - Alcides não! ALCIDES! É a Beatriz que tá vindo aqui né?
Alcides dá um sorisso intrigante ao olhar para Eleonora. Alcides fecha a porta e tranca Eleonora no quarto. Eleonora ouve os passos dele até a cozinha, ela bate forte na porta, provocando os ruídos. Ela acaba deixando a faca cair e furiosa, começa a andar de um lado para o outro, acabando por chutar a faca para debaixo da cama. Logo ela desiste e para, ela ouve alguém entrando na casa. Ela começa a ouvir vozes.
ALCIDES - Vai fazer com isso? Não, por favor não! Não faz isso! Pelo amor de Deus NÃO!
Ela ouve um tiro e se choca.
ALCIDES - (Com dificuldade) DESGRAÇA!
Eleonora, boquiaberta se choca ao ouvir mais dois tiros. Ela ouve passos de alguém indo embora, ela fica um tempo no quarto perplexa, até que começa a arrombar a porta, até que a abre. Ela se choca ao ir na cozinha e encontrar Alcides morto com dois tiros no peito e um na testa. Ela checa o pulso e atesta a morte.
ELEONORA - E agora o que eu faço!? O que eu faço?
Eleonora dá uma última olhada para Alcides e sussura em seu ouvido.
ELEONORA - Eu avisei que alguém ia te matar, não avisei?
Eleonora sai correndo da casa e vai até o orelhão mais próximo, ela põe um pano na boca e liga para a polícia.
ELEONORA - Foi isso.
MARTINS - Então você não viu quem deu cabo do Alcides.
ELEONORA - Mas foi a Beatriz!
MARTINS - Está liberada, por hora.
Eleonora sai.
MIRTES - Dessa vez ela é inocente, a porta arrombada, a faca, a ligação pra polícia, bate.
MARTINS - Ou seja, o fato da Eleonora estar na cena do crime e ter tentado matar o Alcides minutos antes dele morrer é a prova de que ela não matou a nossa vítima! Que loucura.
CENA 12. CASA DE NOVAES. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Novaes entra em sua casa pasmo. Ele se senta no sofá. Ele pega o celular e liga para Henrique.
NOVAES - Alo Henrique, eu tenho quase certeza sobre qual é o tal segredo da Eleonora, só vou confirmar isso agora. Mas garanto é bombástico.
HENRIQUE - Fala logo Novaes, pelo amor de Deus!
NOVAES - Não, primeiro eu vou ter certeza que é isso.
HENRIQUE - Ok, mas não demora muito.
NOVAES - Vou tentar.
CENA 13. CASA DE OLAVO/ PORÃO. INTERIOR. TARDE
Sandro está pensativo de um lado para o outro.
SANDRO - Meu Deus não permita que o maior segredo dessa casa seja descoberto! Eles estão perto demais da verdade! Agora eu vejo o quanto eu fui injusto com o Olavo!
CENA 14. FÓRUM. INTERIOR. TARDE
Todos apreensivos, com um pequeno atraso do julgamento que foi transferido para o fim de tarde.
HENRIQUE - Bia, será que dá tempo de eu ir em casa rapidinho?
BEATRIZ - Dá sim. Você pode perder o começo do julgamento, mas tudo bem.
HENRIQUE - Valeu.
Henrique sai aflito.
CENA 15. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. TARDE/ FIM DE TARDE
A tarde se vai, chega um belo fim de tarde, ainda nublado.
CENA 16. CASA DE OLAVO/ COZINHA. INTERIOR. FIM DE TARDE
Henrique entra na cozinha da sala perplexo. Melisa está tomando um café sentada a mesa tranquilamente. Henrique se senta ao lado de Melisa.
MELISA - Oi Henrique, novidades?
HENRIQUE - Sim Melisa, eu descobri o segredo da sua filha. O Novaes acabou de me confirmar.
Henrique faz uma pausa.
CENA 17. FÓRUM/ JULGAMENTO. INTERIOR. FIM DE TARDE
O julgamento acabou de começar. O juíz está fazendo as considerações iniciais, todos em seus devidos lugares. Beatriz no banco dos réus ao lado de Dr. Luciano, Eleonora sentada na 1ª fileira. Uma divisão invisível está no tribunal, na fileira de bancos da direita senta-se todos que estão a favor à Beatriz, já na direita também a maioria é de quem está a favor à Beatriz, só que nos bancos iniciais alguns que estão contra Beatriz.
JUÍZ - A primeira testemunha a depor será a funcionária do restaurante La Frontière, Ludmila Alvez Batista. Senhora Batista, venha até aqui por favor.
Ludmila vai até seu lugar, ela lança um último olhar sobre Beatriz e sobre Eleonora. Ela sente um enorme nó na garganta.
CENA 18. CASA DE OLAVO/ COZINHA. EXTERIOR. FIM DE TARDE
Henrique está tenso, com o coração na boca. Melisa está mais tensa ainda.
MELISA - Fala Henrique, pelo amor de Deus, qual é o tal passado da Eleonora!?
HENRIQUE - Eu não sei como te dizer uma coisa dessas Melisa, você terá que ser muito forte, provavelmente eu estou prestes a te dar um dos piores baques que uma mãe como você vai recebeu e vai receber na vida. Se prepara Melisa.
MELISA - FALA ANTES QUE EU TENHA UM TROÇO!
Henrique fecha os olhos e respira fundo por alguns instantes. Por alguns instantes o silêncio é total, ouve-se apenas os corações de ambos batendo forte e rápido. Até que Henrique quebra este silêncio momentâneo.
HENRIQUE - Sua filha Eleonora ela... Sua filha Eleonora ela era amante do Sílvio, seus filhos praticavam incesto Melisa.
Melisa fica totalmente em choque ao ouvir Henrique.
A cena congela em efeitos avermelhados no rosto de Melisa chocada e incrédula ao ouvir a revelação de Henrique.
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CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO