Capítulo 45

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Anteriormente em Vendetta...
Henrique é preso, Rafael fica arassado ao saber da morte de Joana, Rafael não acredita na inocencia de Henrique, Melisa descobre o endereço de Eleonora e faz com que ela visite Henrique na cadeia, Henrique depõe, a mãe de Álvaro descobre a gravação do filho e leva para a delegacia, Eleonora vai visitar Henrique que está com uma escuta, ela confessa todos os seus crimes e Mirtes lhe dá voz de prisão
CENA 1. DELEGACIA/ CARCERAGEM MASCULINA. INTERIOR. TARDE
HENRIQUE - Eu não avisei que uma hora sua máscara ia cair? Agora eu to saindo daqui e você vai ficar aqui, no lugar que é a sua cara!
ELEONORA - Eu vou me vingar, eu vou sair daqui, eu garanto! Eu sempre saio Henrique! Eu sou como a fenix que sempre ressurge.
HENRIQUE - Vou estar te esperando, mas vou esperar sentado, porque de pé vai cansar... Afinal até você sair daqui Eleonora eu já vou ter tido bisnetos e morrido de velho.
Mirtes algema Eleonora e abre a cela de Henrique.
MIRTES - Eu admito, fui injusta com você te acusando sem quaisquer provas, me desculpa. Agora a verdadeira assassina tá presa e você está livre.
Mirtes sai levando Eleonora injuriada e algemada. Henrique caminha em direção a saída da carceragem.
HENRIQUE - Ah, Eleonora, como eu ia me esquecendo?
Eleonora vira-se para Henrique e Mirtes também. Henrique cospe com vontade bem no rosto de Eleonora que fica mais furiosa ainda. Mirtes fica perplexa, segurando o riso.
HENRIQUE - Agora sim posso ir embora tranquilo.
Eleonora é levada até a carceragem feminina, passando pela delegacia onde todos a observam. Entrando na carceragem feminina Beatriz abre um enorme sorisso.
BEATRIZ - Ora, ora, ora até que enfim apareceu quem faltava aqui nesse inferno. Mirtes, põe ela na minha cela?
MIRTES - Claro que não! Vou colocar ela de frente pra sua cela.
Mirtes coloca Eleonora numa cela com outras três presidiárias, de frente para Beatriz. Todas presidiárias olham para Eleonora.
ELEONORA - Que que é? Nunca viram uma pessoa chique como eu na cadeia?
PRESIDIÁRIA - Baixa a bola aí o novata. Mau chegou aqui já tá se sentindo pô!
BEATRIZ - Não se mete com ela não Jacira, pro teu bem, eu conheço muito bem essa naja. Ela é capaz de coisa que até Deus duvida.
ELEONORA - Pode rir Beatriz, você sair daqui, mas logo é o seu julgamento e você volta e eu vou tá te esperando.
BEATRIZ - Pra mim te dar uma boa surra como eu te dei aquele dia? Ah querida, vá se catar!
ELEONORA - Beatriz, olha bem pra mim. Eu sou rica e influente, desde quando nesse país rico acaba preso, me diz!? Esses bando de pé rapada daqui não tem dinheiro, por isso vai apodrecer nesse muquifo que só não é pior que casa de favelado caindo aos pedaços.
BEATRIZ - Existe ainda um pouco de justiça nesse país.
CENA 2. FLAT/ SUÍTE DE RAFAEL. INTERIOR. TARDE
Rafael entra totalmente bêbado em sua suíte, caindo por todos os lados. Até que o telefone toca. Ele vai e atende.
RAFAEL - (Alterado) Alo, quem fala?
MIRTES - Sou Rafael, Mirtes, tudo bem?
RAFAEL - Tudo sim, só to meio de porre, fala Mirtes.
MIRTES - Quem matou a sua irmã não foi o Henrique, foi a Eleonora, foi ela quem matou, esquartejou e incriminou o Henrique. Isso já foi provado e ela tá presa e o Henrique tá solto.
RAFAEL - Meu Deus! Como eu pude ter sido tão injusto com o Henrique!? Muito obrigado por avisar Mirtes, vou indo.
Rafael vai até a pia e lava o rosto e começa a fazer um café bem forte.
CENA 3. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Melisa está aprensiva, até que Henrique entra e a abraça aliviado.
HENRIQUE - (Emocionado) Acabou Melisa, finalmente acabou!
MELISA - Tudo deu certo então?
HENRIQUE - Sim!
Melisa fica feliz.
MELISA - Eu detesto admitir que o melhor pra todos é que a minha própria filha, sangue do meu sangue esteja atrás das grades.
HENRIQUE - Ei, nós fizemos o que tinhamos que fazer Melisa. A Eleonora está na cadeia porque ela procurou, quem dera que ela estivesse na cadeia pagando por tudo que fez, mas o principal e talvez o único motivo dela estar lá é pra nossa segurança, pro nosso sucego. E quando você pensar nos seus filhos, lembra que pelo menos com um deles você acertou. E você ainda é muito jovem, pode muito bem ter outros filhos.
Melisa abre um sorisso tímido, logo Rafael bate na porta. Henrique vai abrir a porta e se depara com Rafael.
HENRIQUE - Você, o que faz aqui na casa do assassino?
RAFAEL - Eu já sei de toda a verdade Henrique, eu sei que você é inocente... Pelo amor de Deus, me perdoa.
HENRIQUE - Agora você se deu conta da injustiça que fez comigo. Rafael, nunca mais olha na minha cara. Eu to muito magoado com você, e depois você sempre será o eterno namoradinho da Esperança. Sai daqui, por favor.
Rafael sai arassado. Henrique fecha a porta e abraça Melisa desconsolado.
CENA 4. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. TARDE/ NOITE
A tarde se vai e logo cai uma linda e maravilhosa noite paulistana, repleta de luzes, ritmo, faróis de automóveis e pessoas por todos os vários lados da imensa metropóle.
CENA 5. DELEGACIA/ CARCERAGEM FEMININA. INTERIOR. NOITE
Marcelo está visitando Eleonora na carceragem.
MARCELO - Eleonora! Quando eu fiquei sabendo que você tinha sido presa corri pra cá pra te ver!
ELEONORA - Que bom que você veio, preciso sair daqui o mais rápido possível! Pelo amor de Deus, não me deixa apodrecer nesse muquifo!
MARCELO - Eu já contratei o melhor advogado.
ELEONORA - Você pode pagar ele com o dinheiro da minha conta.
MARCELO - Mas por que você foi matar aquela vaca da Joana!?
ELEONORA - Ela me precionou, a polícia tava atrás dela, ela disse que se ela caísse eu caía junto, e ela sabia demais.
MARCELO - Acabou que você caiu! Você vai sair daqui e quando sair nós vamos juntos acabar com nossos inimigos.
BEATRIZ - Que lindo o casalsinho.
MARCELO - Beatriz, cala a boca.
BEATRIZ - Tá falando do que traficante? Eu vou sair daqui no máximo amanhã, mas você, pode esperar o tempo que for, mas você vai vir pra cá, no meu lugar.
MARCELO - Eu vou indo tá Eleonora?
ELEONORA - Ok.
Marcelo se vai.
BEATRIZ - Diz aí assassina, quanto tempo vai demorar pra você dar cabo do seu amiguinho ali também?
ELEONORA - Eu não vou dar cabo dele, eu gosto dele.
BEATRIZ - (Rindo) Vocês realmente se merecem!
CENA 6. RUA. EXTERIOR. NOITE
Marcelo sai da delegacia e entra em seu carro que está estacionado, mau ele se senta no banco, logo um pano umidecido com clorofórmio dá a volta no banco de Marcelo, vindo dos bancos traseiros, o pano está sendo segurado e está tapando o nariz de Marcelo que inala o clorofórmio e logo desmaia.
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CENA 7. ÁREA DE MATO DESERTO. EXTERIOR. NOITE
Natacha sai do carro de Marcelo, ela sai o carregando desacordado. Natacha joga Marcelo numa cova rasa, ela tira do bolso um bilhete e joga em cima de Marcelo, ela também joga uma pequena lanterna e a chave do carro, ela vai até o carro e do porta-malas tira uma enxada, ela começa a tirar a lama de um lugar e começa a enterrar Marcelo, menos no rosto. Após Marcelo estar totalmente enterrado, faltando apenas a cabeça Natacha cospe no rosto de Marcelo e sai. Horas depois Marcelo acorda sem entender absolutamente nada. Marcelo percebe que está enterrado numa cova rasa.
MARCELO - (Gritando) Ah! Socorro!
Marcelo continua a perdir socorro desesperado e os únicos sons que se ouvem de resposta é o som dos grilos da região. Ele começa a se apalpar até que encontra o bilhete, a lanterna e a chave do carro. Marcelo acende a lanterna e começa a ler o bilhete.
MARCELO - (Lendo) "Espero que tenha gostado da cova que eu me dei o trabalho de preparar pessoalmente pra você. Essa lama que joguei em você não é nada se comparado ao lixo que você é por dentro e a lama que vai ficar a sua vida depois que eu terminar, porque se pensa que eu acabei está muito enganado, o jogo só acaba quando eu quiser. By: sua linda priminha, Olívia Mercedes". (Gritando) MALDITA! Eu quero sair daqui!
Marcelo começa a chorar.
CENA 8. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA
Logo o dia amanhece por todos os lugares pessoas agitadas dando ritmo a enorme capital que não para de crescer e se movimentar.
CENA 9. CASA DE MARCELO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Marcelo abre a porta de sua casa e entra rastejando pelo chão, totalmente machucado, dolorido e com olheiras. Como se tivesse levado fortissímas pancadas. Marcelo vai até a cozinha se arrastando pelos cantos dolorido, chegando na cozinha ele abre a geladeira, abre uma garrafa de água e começa a jogar em si e beber.
MARCELO - (Com os olhos vermelhos de ódio) Eu vou matar a Olívia, eu vou matá-la!
CENA 10. DELEGACIA/ CARCERAGEM FEMININA. INTERIOR. DIA
Mirtes entra na carceragem com a chave da cela de Beatriz.
MIRTES - Beatriz, está liberada graças ao depoimento da Eleonora que prova que você não tentou fugir.
BEATRIZ - Até que enfim né!
Beatriz sai sorridente olhando para Eleonora.
BEATRIZ - Te vejo no julgamento Eleonora.
Beatriz sai, ao entrar na delegacia e se deparar com Cristiano corre até ele e o beija apaixonadamente. Esperança, Orlando, Henrique e Natacha ficam felizes por Beatriz.
CENA 11. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Beatriz, Dr. Luciano e Cristiano estão conversando na sala de estar, tensos, conversando sobre o julgamento.
DR. LUCIANO - Com a Eleonora sendo presa pela morte da Catarina e sendo provado que ela tentou forjar uma fuga da sua parte Beatriz, ganhamos algumas poucas chances, que eu suponho que passem um tanto dos 50%.
BEATRIZ - Ufa!
DR. LUCIANO - Não é hora de respirar aliviado não. 50% é muito pouco, precisamos entrar naquele tribunal com no minímo 75% pra termos chance. Eu conheço os jurados e o juíz, são bastante casca grossa.
CENA 12. CASA DE OLAVO/ COZINHA. INTERIOR. DIA
Sandro entra na cozinha, comendo uma maçã, Melisa está tomando café.
MELISA - Já foi visitar sua filha na cadeia Sandro?
SANDRO - Não, vou visitá-la pessoalmente quando ela voltar pra casa.
MELISA - Ela não vai sair da cadeia.
SANDRO - Vai pensando. Ela sempre consegue tudo o que quer Melisa, você realmente não sabe do que sua filha é capaz.
MELISA - Se refere a exatamente o que Sandro?
Sandro se lembra:
10 ANOS ANTES...
Sandro está na sala de estar tenso, andando de um lado para o outro preocupado e sozinho na sala. Até que Eleonora (com por volta de 14/15 anos) entra com uma pedra na mão cheia de sangue na blusa e nas mãos. Sandro corre até ela e começa a chaqualhá-la.
SANDRO - Eleonora, o que aconteceu!? Eleonora, fala comigo, sou seu pai! O que aconteceu?
Sílvio vai descendo as escadas e fica incrédulo ao ver Eleonora naquele estado. Ele corre até ela e a abraça.
SÍLVIO - Vai ficar tudo bem maninha, eu prometo.
SANDRO - O que tá acontecendo?
SÍLVIO - Leva ela pra tomar um banho e queima tudo isso antes que mais alguém veja pai!
SANDRO - Sílvio, você tá envolvido nisso!?
SÍLVIO - Mamãe tá voltando do mercado, rápido!
Sandro sobe as escadas com Eleonora rapidamente, Eleonora deixa a pedra cair. Melisa entra, ela estranha ao ver tudo.
MELISA - Sílvio, que cara de enterro é essa?
SÍLVIO - Nada mãe, não é nada.
Melisa vê a pedra ensanguentada e a pega.
MELISA - Que pedra é essa!?
SÍLVIO - EU, fui eu, fui eu que...
MELISA - FALA LOGO MENINO!
SÍLVIO - Fui eu que... Fui que achei essa pedra ali na rua.
Melisa estranha tudo.
Sandro para de se lembrar.
MELISA - Sandro, em qual mundo você tá!? Eu fiz uma pergunta!
SANDRO - Deus queira Melisa que você e ninguém mais nunca descubra do que eu to falando.
Sandro pega uma maçã e se vai, deixando Melisa intrigada.
MELISA - Sandro! Volta aqui!
CENA 13. DELEGACIA/ RECEPÇÃO. INTERIOR. DIA
Marcelo entra na delegacia segurando uma mala com 50 mil reiais da fiança de Eleonora. Ele põe no balcão onde Mirtes está e abre.
MARCELO - Aqui está, 50 mil reais em dinheiro vivo, como a (ironizando) justiça brasileira pediu pra deixar a Eleonora livre até o julgamento dela pelos seus crimes.
MIRTES - (Com raiva) Vou mandar soltá-la.
Alguns minutos depois Eleonora sai da carceragem. E abraça Marcelo.
MARCELO - Ai! Tá doendo Eleonora, não toca em mim não!
ELEONORA - O que aconteceu!? Você levou uma surra!?
MARCELO - Depois explico.
MIRTES - Se quiser fazer queixa de lesão corporal...
MARCELO - NÃO, muito obrigado.
Eleonora e Marcelo se encaminham a saída. Eleonora vira-se para Mirtes.
ELEONORA - Eu disse Mirtes que não ia ficar aqui por muito tempo.
MIRTES - Você volta Eleonora, e quando voltar não há fiança que te tirará daqui novamente.
ELEONORA - Isso é o que veremos.
Eleonora sai, Mirtes fica furiosa.
MIRTES - Megera!
Mirtes vai até a sala de Martins furiosa.
MIRTES - Bem que você disse! Essa maldita guerra da Beatriz e da Eleonora nunca acaba, as duas já tão na rua livres da silva neste momento.
MARTINS - A Eleonora foi solta!?
MIRTES - O que você acha? Pagou a fiança. Eu sinceramente não sei porque nós insistimos em trabalhar caçando bandido perigoso, se em um, dois, três dias a justiça põe na rua de novo.
CENA 14. CARRO DE MARCELO. INTERIOR. DIA
Marcelo está dirigindo. Eleonora está pensativa. Ela se lembra:
Mirtes sai levando Eleonora injuriada e algemada. Henrique caminha em direção a saída da carceragem.
HENRIQUE - Ah, Eleonora, como eu ia me esquecendo?
Eleonora vira-se para Henrique e Mirtes também. Henrique cospe com vontade bem no rosto de Eleonora que fica mais furiosa ainda. Mirtes fica perplexa, segurando o riso.
HENRIQUE - Agora sim posso ir embora tranquilo.
ELEONORA - (Pensamento) Esse viado vai pagar, mas como!?
ELEONORA - Eu não preciso do seu dinheiro e muito menos da sua comida pra sobreviver, eu tenho meu dinheiro!
HENRIQUE - Dinheiro que você vai ter que usar boa parte pra comprar todo o seu armário novamente.
ELEONORA - Do que você tá falando?
HENRIQUE - (Sarcástico) Acidentalmente eu deixei cair álcool na sua roupa e depois eu fui mais desastrado ainda e deixei cair um esqueiro bem em cima delas. E quando eu fui ver... Que pena que já era tarde! (Rindo) Suas roupas todas viraram CARVÃO!
Eleonora fica incrédula.
ELEONORA - Para tudo Marcelo! Preciso da sua ajuda!
MARCELO - Com o quê?
ELEONORA - O Henrique vai pra sua faculdade hoje?
MARCELO - Sim, por quê?
Eleonora dá um sorisso sarcástico.
CENA 15. ESTACIONAMENTO DA FACULDADE. INTERIOR. DIA
Henrique estaciona o carro, antes que possa abrí-lo Marcelo, máscarado cerca o carro e aponta uma arma pra Henrique.
MARCELO - Perdeu, perdeu! Abre a porta do carro!
Henrique rendido abre a porta e se prepara para sair, Marcelo encosta a arma em sua cabeça.
MARCELO - Nada disso, cara! Fica aí caladinho!
Marcelo abre as janelas e começa a jogar gasolina no carro e em cima de Henrique que se assusta.
HENRIQUE - (Pensamento) Se eu correr ele atira, se eu ficar ele me queima vivo, e agora meu Deus, o que eu faço!?
Marcelo fecha a porta, apenas com as janelas abertas, ele pega a chave do carro e o tranca. Marcelo acende um fósforo e joga no carro pela janela. Ele sai correndo levando a chave do carro. O estacionamento está vazio, ninguém ao redor. O carro começa a pegar fogo, Henrique tenta sair desesperado sem sucesso.
HENRIQUE - (Gritando) SOCORRO, SOCORRO!
Logo várias pessoas vão para aquela região sem entender nada. O carro já está em altas chamas e as chamas já começam a pegar Henrique, elas se aproximam do tanque de combustível.
HENRIQUE - Ah, socorro, alguém me ajude!
A cena congela em efeitos avermelhados no rosto de Henrique desesperado em meio as chamas.
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