Capítulo 44

Últimas semanas

Anteriormente em Vendetta...
Eleonora e Beatriz saem do carro, Beatriz é presa, Cristiano é salvo, Natacha faz ultrassom na companhia de Marcelo e Mário fica arassado ao vê-los juntos, Joana deixa uma carta para Rafael dizendo que de seu jeito torto ama ele e Henrique, Eleonora mata Joana e a esquarteja, Natacha, Orlando, Cristiano e Esperança visitam Beatriz, Mário termina com Natacha, ambos ficam arassados, Eleonora incrimina Henrique pela morte de Joana, Mirtes dá voz de prisão a Henrique pelo assassinato de Joana.
CENA 1. AVENIDA QUALQUER. INTERIOR. DIA
HENRIQUE - Isso foi uma armação, eu não matei a Joana. Eu juro!
MIRTES - O corpo dela está no seu porta-malas e você quer que façamos o quê? Que acredite em você?
HENRIQUE - Por favor, acreditem! Eu não matei a Joana. Foi a Eleonora! Só pode ser ela, ela me incriminou.
MIRTES - Chega Henrique! Nem tudo que acontece de desgraça com você, sua priminha e sua irmã é culpa da Eleonora! Ela é quem tem razão, nenhum de vocês prestam. Vocês a Eleonora são tudo farinha do mesmo saco.
Mirtes algema Henrique e o coloca no carro da polícia, arassado. Mirtes dá uma última olhada para a mala e fecha o porta-luvas.
CENA 2. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Esperança está tomando uma vitamina tranquilamente lendo uma revista, pensativa, até que seu celular troca.
ESPERANÇA - Que saco! Odeio quando atrapalham bem quando eu to lendo.
Eleonora atende Henrique no celular.
ESPERANÇA - Alo, quem fala?
HENRIQUE - Esperança, sou eu Henrique, eu to na delegacia.
ESPERANÇA - Delegacia!? Fazendo o quê?
HENRIQUE - Senta.
Esperança se senta.
HENRIQUE - Uma coisa horrível aconteceu!
ESPERANÇA - Fala!
HENRIQUE - Eu não sei como, mas encontraram no meu carro o corpo da Joana, esquartejado.
ESPERANÇA - O quê?
HENRIQUE - Isso mesmo, mataram a Joana e me incriminaram!
ESPERANÇA - Não, não pode ser! A Joana foi assassinada?
HENRIQUE - Sim.
ESPERANÇA - Eu to indo pra aí agora e vou chamar o doutor Luciano.
Esperança sai totalmente apressada.
CENA 3. HOTEL/ SUÍTE DE RAFAEL. INTERIOR. DIA
Rafael está pensativo, ele se lembra de quando ele e Joana eram crianças:
MARÍLIA (INTERIOR DE SÃO PAULO) - 1998
Rafael e Joana estão brincando com pistolas de água, se divertindo e rindo bastante ambos bastante molhados.
RAFAEL - (Rindo) Ha ha eu vou pegar você!
Rafael dispara mais um jato de água que acerta no rosto de Joana, eles continuam brincando com as pistolas de água rindo bastante e correndo até que se deitam exaustos na grama e admiram o belo dia nublado.
JOANA - Ah cansei!
RAFAEL - Eu também! Vou dar um pulo na piscina.
Rafael corre em direção a piscina e pula, logo em seguida Joana vai também e eles novamente começam a brincar com água se divertindo bastante.
RAFAEL - Onde foi que você se perdeu hein Joana?
Logo o celular de Rafael toca, ele atende Mirtes.
MIRTES - Rafael, temos uma notícia horrível pra te dar.
RAFAEL - Que notícias?
MIRTES - Encontramos a Joana.
RAFAEL - (Indiferente) Ela tá presa?
MIRTES - Não Rafael, infelizmente sua irmã está morta.
RAFAEL - O quê?
https://www.youtube.com/watch?v=FzvhDizVlI4
MIRTES - Exatamente, Rafael, o corpo da sua irmã foi encontrado no porta-luvas do Henrique.
RAFAEL - O Henrique matou a Joana, Mirtes?
MIRTES - Todas as provas apontam que sim.
RAFAEL - Eu não posso acreditar! O Henrique (lacrimejando) matou a minha irmã? Ele não seria capaz! Eu quero vê-la.
MIRTES - Não Rafael, você não pode ver sua irmã.
RAFAEL - Minha irmã está morta e vocês estão me impedindo de vê-la?
MIRTES - Rafael, o corpo da sua irmã estava dentro de uma mala, esquartejado.
Rafael fica totalmente incrédulo.
RAFAEL - Eu vou ver o Henrique.
CENA 4. DELEGACIA/ CARCERAGEM MASCULINA. INTERIOR. DIA
A Carcereira entra na carceragem, Henrique está numa cela vazia, assim como muitas da carceragem.
CARCEREIRA - Henrique Marcondes, visita.
A Carcereira sai, Rafael entra desolado.
HENRIQUE - Rafael!?
RAFAEL - Henrique.
HENRIQUE - Não fui eu Rafael, eu juro por Deus, eu não matei sua irmã!
RAFAEL - Você matou e esquartejou minha irmã e ainda tem a capacidade de envolver o nome de Deus no meio? Nenhum de vocês prestava mesmo, nem você, nem ela. Mas você se antecipou a ela e a matou antes. Não sei se fico com ódio ou pena de você.
Henrique fica arassado.
HENRIQUE - Eu vou provar que eu sou inocente, que tudo não passou de uma armação da Eleonora! Ela deu cabo da Joana!
RAFAEL - Por que ela mataria a Joana se elas eram amigas hein Henrique?
HENRIQUE - A Eleonora é doente Rafael, talvez a Joana estivesse a chantageando. A Eleonora quando fica acuada é capaz de tudo!
RAFAEL - Antes dela fugir ela deixou uma carta pra mim. E nessa carta ela dizia que do jeito torto dela ela nos amava bastante. E agora ela tá morte, por que Henrique? Por quê?
HENRIQUE - EU NÃO MATEI A JOANA!
RAFAEL - É impossível eu acreditar em você Henrique, adeus.
Rafael sai da carceragem, Henrique fica arassado. Ele se senta no chão e começa a chorar inconsolávelmente.
Música: Amores Distantes (intrumental) - Rodolpho Rebuzzi e Andre Sperling
CENA 5. DELEGACIA/ CARCERAGEM FEMININA. INTERIOR. DIA
Beatriz está atrás das grades conversando com Esperança que relata entristecida sobre a morte de Joana.
BEATRIZ - Tadinha! Eu juro pra você que não desejo isso pra ninguém, bem lá no fundo ela ela não era má, só era uma menina mimada que acabou se perdendo.
ESPERANÇA - Nem eu, mas a pergunta que não quer calar é o motivo que a Eleonora matou a Joana e incriminou Henrique.
BEATRIZ - O motivo que ela incriminou o Henrique é óbvil, ela quer ferrá-lo, agora a Joana ela não mataria por qualquer coisa. Pode ser pelo mesmo motivo que ela matou a Catarina. A Joana pode ter descobrido o tal podre.
ESPERANÇA - Que podre?
BEATRIZ - Eu não faço ideia, mas vindo de quem vem, boa coisa não é. Pra mim é algo bem bombástico.
ESPERANÇA - O que você sabe?
BEATRIZ - Eu várias vezes ouvi a Catarina dizer quando a Eleonora me ameaçava que ela não podia permitir que a Eleonora novamente destruisse alguém próximo a ela.
CENA 6. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Sandro entra na casa sorrindo, se senta no sofá, põe o pé num puf e fica a espera de Melisa.
MELISA - O que tá acontecendo aqui? Você devia estar na ONG!
SANDRO - Eu!? (Rindo) Não Melisa, o jogo mudou. O seu amiguinho foi preso.
MELISA - Tá falando do que Sandro?
SANDRO - O Henrique foi acusado pelo assassinato da Joana.
MELISA - Perai, o Henrique matou a Joana?
SANDRO - E esquartejou ela.
MELISA - Não, não foi o Henrique! Ele passou ontem de noite inteirinha aqui em casa, o Henrique não pode ter feito isso.
Melisa repara no sorisso cínico de Sandro.
MELISA - Foi a Eleonora, vocês são dois bandidos da mesma laia! Me passa o endereço da Eleonora.
SANDRO - Não, eu não passo.
MELISA - Ou você passa ou eu vou a delegacia e te entrego pra polícia como cúmplice dela e por ter tentado me matar. Escolhe Sandro.
SANDRO - Tá bom, eu passo o endereço dela.
CENA 7. FLAT/ SUÍTE DE NATACHA. INTERIOR. DIA
Natacha está arassada, pensando em Mário. Ela se lembra:
Natacha e Mário, ao se verem sorriem um para o outro.
NATACHA - Oi Mário, tudo bem?
MÁRIO - Melhor agora com você aqui.
Mário derruba o saleiro de uma das mesas, Natacha vai até ele para pegar, ele ao mesmo tempo segura a mão de Natacha, rola um clima entre os dois que se beijam apaixonadamente.
NATACHA - Por que tudo tem que ser assim hein?
CENA 8. DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA
Henrique é levado para depor por um carcereiro, algemado. O carcereiro, na sala do delegado, tira as algemas. Henrique se senta, Mirtes e Martins ao lado dele. Dr. Luciano também está na sala.
MARTINS - Oi Henrique, quem diria, você aqui sendo preso por assassinato.
HENRIQUE - Não fui eu seu delegado, eu juro! Eu sou inocente.
DR. LUCIANO - Quais provas vocês tem de que foi meu cliente que executou e esquartejou a vítima?
MIRTES - O fato do corpo estar no porta-luvas dele, o fato dele não ter provas de que não fez isso e o fato dele ter motivos bem fortes para tal crime.
DR. LUCIANO - Motivo não é prova alguma, se motivo fosse atestado de culpa, parte considerável da europa e da América seria culpada pela morte de Osama Bin Laden.
MIRTES - E o corpo na mala, como se pode explicar isso?
HENRIQUE - A Eleonora deu o jeito dela e colocou.
MARTINS - Ah sim, então ela tem a chave do seu porta-luvas. E por que a Eleonora mataria a parceira dela que estava a ajudando?
DR. LUCIANO - Pode se por uma chantagem, porque ela sabia demais, ou por outro algum motivo.
MIRTES - O senhor diz que não devemos fazer suposições, mas o senhor está supondo por quais motivos teriam levado Eleonora a matar Joana.
Dr. Luciano fala ao ouvido de Henrique.
HENRIQUE - Estou disposto a fazer um acordo.
MIRTES - Qual acordo?
HENRIQUE - Eu quero que vocês autorizem uma escuta da justiça pra eu tentar provar que a Eleonora está por trás de não só desse como de outros vários outros crimes.
Mirtes e Martins se entreolham.
MARTINS - Ok, vamos entrar com pedido de autorização a justiça, mas se a Eleonora não confessar ao menos o assassinato da Catarina sua situação vai se complicar bastante Henrique.
HENRIQUE - Ah, aproveitando que eu to aqui eu gostaria de saber como andam as investigações do assassinato do Alcides.
MIRTES - Para a felicidade de alguém, as investigações estão paradas, sem nenhuma novidade.
Henrique dá um pequeno sorisso discreto e intrigante.
CENA 9. CASA DE ÁLVARO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
O irmão e a mãe de Álvaro chegam do interior para venderem os bens de Álvaro. Eles estão tristes por relembrarem a morte do parente. O irmão de Álvaro entra no quarto. Se senta na cama do irmão e olha para os cantos todos desolados. A mãe de Álvaro vai atrás no quarto.
MÃE DE ÁLVARO - Dói ficar aqui, nesse quarto onde meu filho passava a maior parte do tempo.
IRMÃO DE ÁLVARO - Temos que ser fortes, vamos começar pelo quarto ok?
MÃE DE ÁLVARO - Ok sim.
Eles começam a desmontar as coisas, até que o irmão de Álvaro abre a gaveta e acha um gravador. Ele começa a ouvir a gravação. Ele ouve a gravação de Álvaro que ele fez antes de morrer.
ÁLVARO - Aqui quem fala sou eu, Álvaro, e nessa gravação, na qual realizo venho fazer grandes revelações sobre Eleonora Martinelli da Costa Fonseca. Para começar gostaria de deixar claro, que qualquer coisa que acontecer comigo após essa gravação é responsabilidade de Eleonora Martinelli da Costa Fonseca. Ela foi a única responsável pelo assassinato de Catarina Santos, a jogando da escadas, pois Catarina sabia de algo bombástico de Eleonora, um grande segredo, e eu sabendo disso tornei-me vítima em potencial desta psicopata. Álvaro Siqueira, setembro de 2012.
MÃE DE ÁLVARO - Vamos levar isso a polícia agora!
CENA 10. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ TARDE
A tarde cai, ensolarada e linda como sempre.
CENA 11. DELEGACIA/ INTERIOR. TARDE
A mãe de Álvaro entra transtornada na delegacia segurando o gravador. Mirtes vai até ela falar com ela.
MIRTES - Olá, em que posso ser útil?
MÃE DE ÁLVARO - É vocês que estão investigando o assassinato do meu filho, Álvaro Siqueira?
MIRTES - É sim, e não se preocupe, porque já temos até uma suspeita.
MÃE DE ÁLVARO - Eu tenho uma prova aqui de quem matou o meu filho. Esta gravação que achamos na casa dele.
A mãe de Álvaro mostra um gravador para Mirtes.
MÃE DE ÁLVARO - Aqui está a prova.
https://www.youtube.com/watch?v=DxjJbRJFvNU&feature=plcp
MIRTES - Obrigado, isso aqui vai ajudar bastante pra prendermos a assassina do seu filho.
Mirtes pega o gravador e entra na sala de Martins que acabou de imprimir a autorização judicial da escuta.
MIRTES - BOMBA! Temos uma prova de que a Eleonora matou o Álvaro!
MARTINS - Ótimo! De hoje essa bandida não passa! Só falta agora a escuta.
MIRTES - Finalmente os casos cercando o La Frontière estão prestes a fechar.
MARTINS - Eu não apostaria tudo nisso... Pra mim essa história ainda vai render.
CENA 12. CASA DE ELEONORA/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Eleonora está navegando em seu tablet tranquilamente. Até que a campainha toca.
ELEONORA - Que saco! Quem incomoda agora dessa vez?
Eleonora vai até porta a abre e se depara com Melisa.
ELEONORA - Mãe!? Fazendo o que aqui?
MELISA - Posso entrar filha?
ELEONORA - Como descobriu que eu moro aqui?
MELISA - Eu ameacei seu pai e ele me disse.
ELEONORA - Pronto, já descobriu onde eu moro, pode ir agora. A porta da rua é a serventia da casa.
MELISA - O Henrique tá preso por sua causa, ele pode pegar mais de 20 anos de prisão por um crime que ele não cometeu!
ELEONORA - Problema é dele.
MELISA - Ele tá arassado, por favor, ele tá muito triste por todos acharem que ele matou a mulher.
ELEONORA - Eu não vou inocentar ninguém Melisa.
MELISA - Você é uma vagabunda mesmo hein Eleonora! Uma hora você vai cair.
ELEONORA - Agora eu to rindo pra caramba! Porque o papai voltou ao comando da casa e agora você vai ter que voltar a rodar bolsinha. Aqui perto inclusive tem um bordelzinho de esquina, bem vagabundo, ao seu nível mamãe.
MELISA - Você fala de mim, mas é uma prostituta pior que eu, porque eu assumo o que eu faço, eu me prostitui sim, mas pra sobreviver e se precisasse abria as pernas de novo, tudo que eu fiz foi pra sobreviver. Mas você não, você se deitava com o Cristiano por dinheiro, enganou ele durante anos por ambição e ainda se deitava com o Alcides pra conseguir favores. E depois você se acha na moral de chamar alguém de prostituta? Se olha no espelho filhinha, você precisa mesmo de uma boa dose de simancol e de umas boas surras, porque você não presta, você me envergonha, me enoja. Ah, e o Henrique ele quer falar com você na delegacia.
Melisa sai olhando para Eleonora com desprezo, o que a deixa furiosa. Melisa entra no carro e liga para Mirtes.
MELISA - Alo Mirtes, parece que funcionou, eu disse tudo direitinho e disse que o Henrique queria falar com ela, com certeza ela vai aí pra tripudiar.
CENA 13. BAR. INTERIOR. TARDE
Rafael está bêbado, depressivo pela morte de Joana, bebendo bastante.
RAFAEL - Garçom, me serve mais um uísque agora.
O Garçom serve mais um dose de uísque a Rafael.
RAFAEL - Minha irmã, ela foi assassinada. (Chorando) Mataram minha irmãzinha. E o pior que foi a pessoa que eu mais gosto no mundo. Isso dói sabe?
CENA 14. DELEGACIA/ CARCERAGEM MASCULINA. INTERIOR. TARDE
Eleonora entra na carceragem sorridente, a carcereira anuncia a visita para Henrique. Eleonora vai até sua cela.
ELEONORA - Gostando a nova habitação Henrique?
HENRIQUE - Veio fazer o que aqui hein Eleonora? Tripudiar a minha desgraça por sua causa? Eu só quero saber o por que Eleonora, só isso.
ELEONORA - Porque o quê? Quem matou e esquartejou a Joana foi você
HENRIQUE - Cinica! Você sabe muito bem que não fui e sim que foi você! Eu só queria saber por quê? Por que você matou a Joana? Por que me incriminou?
ELEONORA - Tá bom, eu falo.
Eleonora olha para todos os lados e não vê ninguém os observando.
ELEONORA - (Relembrando tudo com indiferença) Depois que ela foi pega, ela foi na minha casa e disse que havia sido descoberta pelo atropelamento da Esperança e por todo o resto e que a polícia tava atrás dela. Ela disse que queria muito dinheiro pra sumir do país e não me denunciar, afinal se eu não fizesse isso e a polícia pegasse ela, ela ia me entregar. Então, ela se deitou no meu sofá, eu peguei uma almofada e comecei a sufocá-la, foi muito difícil, ela lutou bastante, ela não é fraquinha não viu! Mas aí o ar acabou, ela morreu, empacotou. Eu tinha que dar um sumiço no corpo, não podia sair da casa com o corpo dela nos meus braços, então eu subi as escadas, a joguei na banheira, peguei uma faca e duas malas. Eu comecei pelo pulso esquerdo, ou foi o direito? Não, foi o esquerdo mesmo...
HENRIQUE - (Cortando) Já chega! Mas por que você me incriminou hein?
ELEONORA - A Joana sempre quis te ferrar, ela era obsecada por você, você vacilou com ela. Então eu fiquei kit com ela te incriminando.
HENRIQUE - Você é louca! Você mata sua parceira e depois me incrimina porque ela quer!? Você é totalmente doente.
Na sala do delegado, Martins e Mirtes estão ouvindo a escuta de Henrique.
MARTINS - Então, o Henrique falou a verdade o tempo inteiro! Foi ela. Vamos lá prende-la.
MIRTES - NÃO! Ela vai soltar mais coisas ainda, o papo tá só começando.
Eleonora e Henrique continuam conversando.
HENRIQUE - Você já matou o Alcides, a Catarina, o Olavo, o Álvaro, já tentou matar o Cristiano, a Beatriz por diversas vezes, a Esperança, a Natacha. Mas o que eu não entendo é como você incriminou a minha prima por tentativa de fuga.
ELEONORA - O Alcides não fui eu que matei, e a morte do Olavo foi um acidente.
HENRIQUE - Causado pela sua armação e a do seu pai, então os outros crimes você cometeu e como você incriminou a Beatriz de tentar fugir?
ELEONORA - Do que andianta eu dizer que fui eu sim que cometi todos esses crimes se você não vai provar mesmo? Mas incriminar a troxa da sua priminha foi muito fácil. Eu tinha tudo planejado desde o início, eu envenenei o Cristiano pra dar um susto nela e pra mandar ele pro hospital onde ele tem convênio e eu tinha comprado uma enfermeira, lá no hospital a enfermeira ficou na cola da Beatriz o tempo todo. Aí eu ameacei matar o Cristiano no hospital se a Beatriz não terminasse com ele, a songamonga cedeu minha chantagem e terminou com ele e depois eu mandei ela ir até mim, eu rendi a Beatriz e mandei ela dirigir um carro roubado sob a ameaça de mandar a enfermeira matar o Cristiano, aí ela ligou pro Orlando que ligou pra polícia, a polícia foi atrás dela e a prendeu, a única coisa que eu não previa foi a droga do acidente.
HENRIQUE - Você relata suas maldades com uma indiferença que eu fico perplexo. Como você consegui dormir a noite?
ELEONORA - Me cobrindo, colocando a cabeça num travesseiro e fechando os olhos.
HENRIQUE - Eu vou contar tudo isso pra polícia.
ELEONORA - (Rindo) Ai Henrique, você é uma comédia mesmo! É a minha palavra contra a sua, você não pode provar isso.
Mirtes entra na carceragem.
MIRTES - Aí é que você se engana Eleonora, o Henrique o tempo todo usou uma escuta autorizada pela justiça e gravou tudo.
Eleonora fica perplexa.
MIRTES - Você está presa em flagrante pelo assassinato de Joana Silveira.
A cena congela em efeitos avermelhados no rosto de Eleonora incrédula com a ordem de prisão olhando para Henrique, sorridente.
https://www.youtube.com/watch?v=x_UL-Ud5MPo
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO