Capítulo 40

Capítulo 40

Anteriormente em Vendetta...
Natacha se lembra de como ela é Esperança se salvam do incendio, Beatriz diz que alguém tem que parar Eleonora, Esperança se recupera, Esperança sai do hospital, Eleonora diz a Joana que ela tem que matar Esperança e Joana aceita, Natacha conta para Marcelo que Eleonora tentou matá-la queimada, Eleonora chega na casa de Marcelo nesta mesma hora, ela, Marcelo e Natacha discutem, Esperança é atropelada, Natacha pega uma arma de Marcelo e aponta para Eleonora ameaçando matá-la
CENA 1. RUA/ EXTERIOR. TARDE
Esperança cai no chão, batendo a cabeça desacordada. Joana sai do carro e vai até Esperança, ela checa seu pulso.
JOANA - (Com frieza) Uma a menos.
Joana entra no carro e vai embora. Logo um homem passa pelo local, ele vai até Esperança e checa seu pulso.
HOMEM - Nossa! Ainda tá viva, vou chamar a ambulância!
O homem liga para a ambulância,
HOMEM - Alo, Samu, por favor eu to numa rua em que tem uma mulher que está desmaiada aqui, sangrando bastante, ela ainda tá viva, eu não sei o que aconteceu tá tudo deserto! Venham aqui logo por favor!
CENA 2. CASA DE MARCELO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
ELEONORA - Vai me matar Natacha?
NATACHA - Eu vou acabar com você sua bandida!
MARCELO - O que há entre vocês afinal?
ELEONORA - Quem vai contar Natacha eu ou você?
NATACHA - CALA A BOCA SENÃO EU ATIRO!
ELEONORA - To esperando, vai atira!
MARCELO - O que tá rolando aqui? ALGUÉM ME EXPLICA?
ELEONORA - É o que eu pensei, você não vai me matar, não agora.
MARCELO - Natacha, devolve minha arma.
NATACHA - NÃO! Eu vou acabar com a Eleonora, vai pro inferno demonia!
Música: Infiltrado - Bajofondo
Marcelo se aproxima de Natacha, com as mãos levantadas, ele pega a arma aos poucos e tira da mão de Natacha.
MARCELO - Isso.
ELEONORA - Agora, se me permitem eu vou indo embora.
Eleonora sai tranquilamente.
MARCELO - Agora você pode me explicar o que aconteceu aqui?
Natacha fica tensa.
CENA 3. FINANCEIRA DE ORLANDO/ RECEPÇÃO. INTERIOR. TARDE
Beatriz continua conversando com Orlando quando seu celular toca. Beatriz atende o celular.
BEATRIZ - Alo, quem fala?
ATENDENTE - Aqui é do hospital, você é Beatriz Marcondes prima de Esperança Marcondes?
BEATRIZ - Sim, eu mesma, por quê? (Aflita) O que aconteceu com minha prima?
ATENDENTE - Ela voltou ao hospital, ela tá em estado grave. Bem mais grave do qual deu entrada ontem no começo da madrugada.
BEATRIZ - (Tensa) Ai meu Deus! O que fizeram com minha prima?
ATENDENTE - Tudo indica que ela foi atropelada.
BEATRIZ - ATROPELADA!?
ATENDENTE - Sim, por favor venha aqui.
BEATRIZ - To indo!
CENA 4. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Eleonora entra em sua sala tensa, até que se senta no sofá e ouve seu celular tocar, ela atende Joana.
ELEONORA - Alo Joana, novidades?
JOANA - Já executei o serviço, Esperança Marcondes está morta!
ELEONORA - Ótimo! Aquela vagaba teve o que mereceu Joana! Meus parabéns, como você a matou?
JOANA - Atropelada, a rua estava deserta, tudo limpo como você pediu.
ELEONORA - Ótimo Joana! Fez muito bem! Tudo bem limpinho, só que agora você precisa arranjar um álibi pra polícia não desconfiar de você!
JOANA - Fica tranquila, eu pago alguém pra dizer que tava aqui.
ELEONORA - Ótimo.
CENA 5. HOSPITAL/ QUARTO DE ESPERANÇA. INTERIOR. TARDE
BEATRIZ - Ai Esperança (lacrimejando) eu aqui de novo, nessa droga de hospital com você, só que dessa vez entre a vida e a morte. A pessoa que fez isso com você vai pagar e muito caro!
CENA 6. DELEGACIA/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Mirtes entra na sala de Martins com um semblante enigmatico e com um DVD na mão.
MARTINS - Oi Mirtes, voltou já do seu horário de almoço?
MIRTES - Fui chamada pra investigar um caso especial.
MARTINS - Qual caso?
MIRTES - Tentativa de homícidio contra Esperança Marcondes.
MARTINS - Será que isso nunca acaba?
MIRTES - Se eu pudesse voltar no tempo diria pro Sílvio não assaltar aquele bem dito restaurante! Olha no que deu? É homícidio, tentativa de homícidio, atentado, assalto, sequestro, armações.
MARTINS - Falta só 1 semana e meia pro julgamento da Beatriz, será que depois isso acaba?
MIRTES - Isso só acaba quando ou a Eleonora ou a Beatriz tiverem mortas. Senão for as duas a se matarem. Mas eu truxe um vídeo da câmera de segurança que foi instalada recentemente na rua da casa da Beatriz, vamos ver. Aqui vai ter a resposta do atropelamento da Esperança.
MARTINS - Se foi atropelamento, como você pode ter certeza que foi uma tentativa de assassinato?
MIRTES - Eu ouvi o que o médico falou sobre as lesões, onde elas estão localizadas, como foram causadas, eu não sou da perícia, mas pelo que eu vi que o modo foi jogado só pode ter sido e também porque o motorista fugiria se foi acidente? Ele poderia muito bem alegar que ele não a viu e que a Esperança estava meio debilitada por conta do incendio. E depois eu vi o vídeo, quem matou foi proposital.
https://www.youtube.com/watch?v=FzvhDizVlI4
MARTINS - Não foi a Eleonora que matou?
MIRTES - Não deu pra ver o rosto da pessoa que matou, mas foi uma mulher morena e não ruiva.
MARTINS - Pau mandado da Eleonora, simples.
Mirtes insere um DVD no computador e as filmagens da câmera começam a aparecer.
CENA 7. ONG/ CONSULTÓRIO DA PSICÓLOGA. INTERIOR. TARDE
A psicologa está em seu consultório na ONG fazendo algumas anotações, até que a porta bate.
PSICOLOGA - Pode entrar.
Sandro entra.
SANDRO - Oi.
PSICOLOGA - Pronto pra sua próxima consulta?
SANDRO - Sim senhora.
PSICÓLOGA - E então Sandro, teve mais algum pesadelo com o que aconteceu?
SANDRO - Não doutora, eu to conseguindo esquecer aquele trauma.
PSICÓLOGA - Isso é bom, aos poucos você vai nem se lembrar que passou por isso.
SANDRO - Então, posso ir embora?
PSICÓLOGA - Não, agora que isso aconteceu você ficou ainda mais homofobico do que já era antes, e isso não é bom pra ninguém.
SANDRO - Você queria que eu ficasse como? Um viado chega na minha vida, desvia o meu filho, me culpa pela morte dele, invade minha casa, rouba TUDO o que é meu, me subjulga, me faz de escravo, me obriga a trabalhar nessa ONG e por causa disso eu acabo sendo estuprado! Você ainda quer que eu não seja homofobico?
PSICÓLOGA - Tudo isso Sandro foi causado pelas suas armações, não foi você que matou o seu filho, mas suas armações causaram a morte dele. Sandro, não sei se você sabe, mas o Henrique se consultou comigo após a morte do Olavo por diversas vezes. O que ele sofreu nas suas mãos não se compara ao que ele sofreu.
CENA 8. ORFANATO. INTERIOR. TARDE
Natacha entra no orfanato, logo na entrada ela vê várias crianças brincando de pega, pick esconde, bola, brinquedos já usados, dentre outros. Algumas tristes pelos cantos e outras quietas. Logo uma instrutora vai até Natacha, que está se sentindo estranha.
INSTRUTORA - Olá, em que posso ajudá-la?
NATACHA - (Olhando ao redor de tudo) Eu... Eu, eu quero, saber como doar uma criança que vai nascer pra adoção.
INSTRUTORA - Moça, este é um passo difícil do qual a senhora pode se arrepender pelo resto da sua vida. Nós temos muitos casos de mães que dão os filhos pra adoção, bem jovens, como a senhora, e alguns anos depois elas voltam pra querer eles, mas eles já foram adotados e nós não podemos dar os dados de quem adotou.
NATACHA - Obrigado, eu vou pensar na proposta.
Natacha sai do orfanato tensa.
CENA 9. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Eleonora está na sala de estar esperando por Marcelo, Marcelo entra intrigado.
ELEONORA - Oi Marcelo.
MARCELO - Agora você pode me explicar o que rola com você e com a Natacha?
ELEONORA - A Natacha não é quem você está pensando Marcelo, digamos que nós passamos a se conhecer muito bem recentemente.
MARCELO - O que você sabe dela?
ELEONORA - Isso não vem ao caso, pelo menos não agora.
MARCELO - Que história foi aquela de você tentar matar a Nati hein?
ELEONORA - Eu incendiei a casa da Beatriz sim, mas eu não sabia que ela estava lá.
MARCELO - Jura.
ELEONORA - É verdade, eu não fazia ideia de que ela estava ali, eu não tinha porque eliminar a Natacha.
MARCELO - Ah tinha sim, a Joana, sua outra parceira ela não vai com a cara da Natacha por magoas passadas e você e a Natacha também não vão com a cara uma da outra. Perai, a sua amiga veio de Marília e a Natacha ela é do Rio de Janeiro. Elas não poderiam ter se conhecido senão agora.
ELEONORA - Um dia você vai saber de tudo Marcelo, um dia...
MARCELO - Tudo isso tá muito estranho!
ELEONORA - Marcelo, mudando de assunto, quero te pedir um favor.
MARCELO - Qual favor?
ELEONORA - Hoje é feriado, não vai ter aula na faculdade, certo?
MARCELO - Sim, mas por que tá falando isso?
ELEONORA - Eu vou precisar da sua faculdade pra acabar com a Beatriz, lá é o cenário perfeito pra mim acabar com aquela vagabunda!
MARCELO - O quê? Você quer tornar minha faculdade cenário de um assassinato?
ELEONORA - Vai ser tudo limpo, relaxa.
CENA 10. HOTEL/ SUÍTE DE RAFAEL. INTERIOR. TARDE
Rafael entra na suíte, Joana espera por ele tensa.
JOANA - Rafael, se senta, eu tenho uma notícia terrível pra te dar.
RAFAEL - O que foi?
JOANA - Senta Rafael, por favor.
Rafael se senta no sofá.
JOANA - (Lacrimejando) Eu fiquei sabendo de algo horrível e que tenho que te dizer.
RAFAEL - Fala Joana!
JOANA - Você terá que ser muito forte, uma tragédia aconteceu.
RAFAEL - Que tragédia!?
JOANA - A Esperança.
RAFAEL - Ah, do incendio, eu já sei, mas ela tá bem já.
JOANA - Não Rafael, ela foi atropelada, e parece que ela morreu.
Rafael fica perplexo.
https://www.youtube.com/watch?v=DxjJbRJFvNU&feature=plcp
RAFAEL - (Lacrimejando) O quê? A Esperança... MORTA?
Joana faz que sim.
RAFAEL - Como?
JOANA - Atropelada na rua de casa.
RAFAEL - Não, eu não acredito! Ela tá viva, ela tem que tá viva! Isso foi engano Joana, diz que é mentira por favor.
JOANA - Eu gostaria muito de dizer que é mentira, mas ela, tenho quase certeza que está morta.
RAFAEL - Eu vou no hospital! A Esperança não pode morrer!
Rafael sai correndo atordoado. Joana começa a rir.
JOANA - Ai como eu sou malvada! Dar cabo da Esperança foi mais fácil do que eu pensei.
CENA 11. HOSPITAL/ QUARTO DE ESPERANÇA. INTERIOR. TARDE
Os médicos entram com a maca de Esperança entra no quarto, voltando da bateria de exames, Beatriz continua no quarto, Henrique está também, totalmente tenso.
BEATRIZ - Então doutora, minha prima vai ficar bem?
A médica olha para outra médica ao lado.
MÉDICA - Olha, daqui há uma hora sua prima vai pra cirurgia. Ela teve um inchaço no cerébro que é bastante grave, ela precisa ser operada urgente!
HENRIQUE - Cuida bem da minha irmã!
MÉDICA - Pode deixar, faremos o melhor possível.
A Médica sai. Beatriz se aproxima de Esperança, arassada. Logo seu celular vibra, ela pega e vê que recebeu uma mensagem de Eleonora.
HENRIQUE - Quem é Bia?
BEATRIZ - (Com muito ódio) A desgraçada da Eleonora!
Beatriz abre a mensagem e lê: "Precisamos ter uma conversa decisiva Beatriz, venha a faculdade agora e sozinha, sei que virá, estarei te esperando".
HENRIQUE - Não vai Beatriz.
BEATRIZ - Eu vou sim! Agora a Eleonora vai ver do que eu sou capaz!
CENA 12. FLAT/ SUÍTE DE NATACHA. INTERIOR. TARDE
Natacha entra em seu flat totalmente comovida. Ela se lembra:
NATACHA - Será que o que eu pretendo fazer com essa criança é o certo?
O celular de Natacha toca. Ela atende Henrique.
NATACHA - Alo Henrique.
HENRIQUE - Olívia, a Esperança ela foi atropelada, ela tá aqui no hospital, eu to com medo de que algo aconteça com ela!
NATACHA - Calma Henrique, eu to indo pra aí agora!
Natacha pega sua bolsa e sai apressada.
CENA 13. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE
Beatriz entra na casa nervosa. Ela leva a bolsa para o quarto e logo volta com a bolsa e sai da casa também nervosa levando algo na bolsa.
CENA 14. FACULDADE/ CORREDOR. INTERIOR. TARDE
Eleonora está no corredor parada, Beatriz entra no corredor.
BEATRIZ - Aqui está você!
Eleonora está com as mãos para trás e Beatriz segura firme a bolsa. Ambas ficam se encarando.
CENA 15. HOSPITAL/ ESTACIONAMENTO. INTERIOR. TARDE
Natacha estaciona o carro e corre para entrar no hospital, ela entra pede uma informação ao recepcionista e vai até o quarto de Esperança, onde Henrique está tenso de um lado para o outro. Ela fica chocada ao ver Esperança.
NATACHA - Você vai ficar bem amiga!
HENRIQUE - Eu to desesperado, daqui a pouco ela vai fazer uma cirurgia de emergencia!
Natacha abraça Henrique, acariciando Esperança. Os batimentos de Esperança se alteram, começam a cair muito, através da tela que monitora os batimentos se vê eles caindo bastante. Natacha e Henrique se desesperam. Henrique corre e começa a apertar o botão vermelho de urgencia, Natacha corre para a porta.
NATACHA - (Gritando) Médico, por favor!
Logo vários médicos entram.
MÉDICA - Desfibrilador, andem! (Para Henrique e Natacha) SE AFASTEM!
A Médica passa gel no desfibrilador e aplica em Esperança um choque, Esperança reage, mas seus batimentos não.
MÉDICA - MAS UMA VEZ!
A Médica novamente passa gel e aplica o desfibrilador em Esperança. Natacha e Henrique continuam muito desesperados, suando frio.
CENA 16. FACULDADE/ CORREDOR. INTERIOR. TARDE
ELEONORA - Que bom que você veio Beatriz! Agora eu vou acabar com você sua songamonga!
BEATRIZ - Não Eleonora, quem vai acabar com você sou eu!
ELEONORA - Vamos ver quem vai acabar com quem!
Do nada a luz se apaga, tudo fica escuro, apenas com uma pequena claridade de umas janelas que não iluminam a cena, ouve-se passos. O clime é de tensão. Logo ouve-se um tiro e um grito de mulher em seguida. E também ouve-se o som de algo caindo no chão. Novamente ouve-se passos, desta vez se distanciando. Ouve-se alguém ofegante e amedrontada na cena. Logo a luz se acende Beatriz e Eleonora estão segurando uma arma, que cairá no chão. Eleonora está baleada no ombro.
ELEONORA - (Com dor e furiosa) ASSASSINA!
BEATRIZ - (Perplexa) Não fui eu! Eu não fiz nada!
A cena congela em efeitos avermelhados nos rostos de Beatriz, que está totalmente assustada e no de Eleonora furiosa, ambas segurando a arma.
https://www.youtube.com/watch?v=x_UL-Ud5MPo
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO