Capítulo 35

Capítulo 35

 

Anteriormente em Vendetta...

Mirtes passa a investigar Marcelo, Natacha comemora seu plano dar certo e revela que quando seu filho nascer vai doá-lo à adoção, Eleonora diz que tem um plano para se livrar de todos os seus inimigos de uma só vez, Marcelo (querendo pegar quem está querendo arruiná-lo e achando que é alguém da Argentina) denuncia o bordel anonimamente a polícia argentina, Sandro ri de um garoto na ONG que forá estuprado, o irmão do rapaz que forá abusado que é um traficante encurrala Sandro

CENA 1. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE

A noite continua paulistana continua mega agitada, carros, ônibus, bicicletas, pessoas por todos os lados, prédios e a cidade segue seu ritmo.

CENA 2. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

Melisa e Henrique estão assistindo televisão tensos.

HENRIQUE - E aquele traste que não chega!

MELISA - Será que ele fugiu?

HENRIQUE - É provável, ele tá sendo ameaçado de ser preso por uma penca de crimes que eu descobri, estamos fazendo da vida dele um inferno aqui, no lugar dele eu faria isso.

MELISA - Ah não, se ele não chegar em 20 minutos jogamos o Novaes atrás dele.

Neste instante Sandro entra na sala, lacrimejando arrassado, com parte da calça rasgada.

HENRIQUE - Sandro, tudo bem?

SANDRO - (Gritando) ME DEIXA EM PAZ SEU MALDITO!

Sandro corre para o porão e fecha a porta.

HENRIQUE - O que aconteceu?

MELISA - Não faço ideia, vou lá falar com ele.

Melisa vai para o porão e entra abrindo a porta, Henrique se esconde atrás da porta do porão.

MELISA - O que aconteceu hein Sandro?

SANDRO - Eu não sou mais homem Melisa, eu fui estuprado!

Melisa e Henrique se chocam totalmente.

MELISA - O quê?

MELISA - Como assim? Quando?

SANDRO - Eu zuei um cara lá porque ele tinha sido estuprado por um traficante que era rival do irmão dele que também é, quando eu voltei pra casa o tal irmão do cara me pegou e... Foi horrível, a pior experiência da minha vida! Isso é culpa de você e daquele viado do Henrique! Ele é quem tá acostumado a ser arrombado, não eu!

Henrique entra.

HENRIQUE - Credo!

SANDRO - Você tá feliz? Você só entrou na vida pra desgraçar ela seu viado! Você matou meu filho, tirou todo meu dinheiro, me humilhou, me chantageou, me obrigou a trabalhar pra uma laia que eu detesto e agora por sua culpa eu fui estuprado!

HENRIQUE - Você não sabe o que diz! Tudo isso que te aconteceu foi SUA culpa! Você está pagando pelo seu preconceito, pelas suas armações, e a culpa de você ter sido estuprado não foi minha, ninguém mandou você zombar de alguém porque ela foi estuprada, agora você viu como é bom?

SANDRO - Eu te odeio!

HENRIQUE - Sandro, a partir de amanhã você vai se tratar naquele grupo parte do tempo, agora pode descansar Sandro... Melisa, vamos.

Melisa e Henrique saem do porão, deixando Sandro por lá. Sandro começa a chorar.

CENA 3. HOTEL/ SUÍTE DE RAFAEL. INTERIOR. NOITE
Joana entra na suíte.

RAFAEL - Onde esteve o dia inteiro?
JOANA - Eu estive por aí, conhecendo a cidade.
RAFAEL - Ah maninha! Toma cuidado, a cidade anda muito perigosa.
JOANA - Com certeza, bem perigosa... Agora vou dormir ok?
RAFAEL - Claro, eu vou ficar aqui um pouco, boa noite maninha.
JOANA - Boa noite.
Joana vai para o quarto. Rafael fica pensativo. Ele se lembra:

HENRIQUE - (Sorrindo) Oi Rafa.

RAFAEL - (Entusiasmado) Henrique!

Henrique e Rafael se abraçam, um clima romantico entre os dois.

HENRIQUE - Linda a peça.

RAFAEL - Obrigado, fiz com muito carinho.

HENRIQUE - Pretende ficar aqui até quando?

RAFAEL - Não sei, provavelmente por tempo indeterminado.

HENRIQUE - A gente se vê.

Henrique e Rafael se abraçam novamente, totalmente apaixonados. Henrique sai do camarim. Rafael senta no sofá sorridente.

RAFAEL - Muito bom revê-lo.

CENA 4. CASA DE MARCELO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

Marcelo está arrumando a sua mala aflito, falando ao celular com Novaes.

MARCELO - Novaes, sim eu to embarcando pra Argentina amanhã mesmo atrás de quem está fazendo essas calúnias contra mim! Pode deixar, vai ser uma viajenzinha rápida, eu não pretendo fugir... Justamente porque eu não devo nada e a justiça irá provar isso! É claro que você não pode falar pra ninguém, bom, desligo, tchau.

Marcelo desliga o celular.

MARCELO - Ah tá que eu não vou fugir, não sou idiota.

CENA 5. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA

O dia amanhece na capital paulista.

CENA 6. FLAT/ SUÍTE DE NATACHA. INTERIOR. DIA

Natacha está na sala, quando a campainha toca, ela vai até a porta e abre para Marcelo.

NATACHA - Então é você.

MARCELO - Natacha, porque você não tá mais falando comigo?

NATACHA - Eu não falo com bandido, eu não namorada de bandido Marcelo. Sai do meu flat, por favor.

MARCELO - Mas Natacha, aqui tudo é...

NATACHA - MENTIRA? Ah sim, sei, mentira.

MARCELO - Eu vou viajar pra Argentina Nati, só queria me despedir.

NATACHA - Tá fugindo agora? Ou tá indo pra Argentina queimar arquivo?

MARCELO - Não é nada disso! Bom, (cabisbaixo) já que você não quer nem olhar na minha cara por uma INJUSTIÇA que fizeram comigo, eu vou indo, até mais.

Natacha bate a porta na cara de Marcelo, que sai triste.

NATACHA - Então o Marcelo realmente acha que vai fugir daqui... Ah mas não vai mesmo!

Natacha pega o celular e disca o número de Mirtes.

NATACHA - Alo Mirtes, sou eu, Natacha, eu vim informar à vocês que o Marcelo acabou de sair da minha casa, ele veio se despedir de mim porque vai pra Argentina.

MIRTES - Ok, obrigado, vamos interceptá-lo.

Natacha desliga o celular e se joga na cama sorridente.

CENA 7. AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS. INTERIOR. DIA

Marcelo está perto de fazer check-in, tentando disfarçar sua identidade. Mirtes entra no aeroporto e olha para todos os lados, Marcelo ao vê-la corre. Mirtes ao vê-lo correr se dá conta de que ele é Marcelo e vai atrás dele. Marcelo corre, na corrida ele esbarra em várias cadeiras perto de uma das portas e acaba caindo e batendo forte a cabeça no chão.

https://www.youtube.com/watch?v=FzvhDizVlI4

Mirtes vai até Marcelo.

MIRTES - Que bonito seu Marcelo! Tentando fugir pra Argentina. O que tem a dizer sobre isso?

MARCELO - Ai que dor!

MIRTES - Chega de gracinha seu Marcelo, vamos pra casa, e tenho um recadinho pro senhor: da próxima vez que tentar de alguma forma, por mais mínima que seja atrapalhar as investigações peço sua prisão preventiva. E você vai ficar na cadeia até o julgamento e depois vai continuar lá, sugiro que o senhor aproveite os últimos momentos de liberdade bem, mas sem tentar atrapalhar meu trabalho.

Mirtes levanta Marcelo e ambos vão saindo do aeroporto, todos olham Marcelo com repulsa. Mirtes vira-se para Marcelo.

MIRTES - Ah, obrigado por denunciar a quadrilha argentina, foi bem útil, embora você não vá poder descobrir quem da quadrilha é quem quer te destruir e calar a boca dele.

CENA 8. HOTEL/ SUÍTE DE RAFAEL. INTERIOR. DIA

A campainha da suíte toca, Joana que estava sozinha atende Beatriz.

BEATRIZ - Oi.

JOANA - Beatriz, que surpresa em recebê-la.

BEATRIZ - Eu só vim te avisar que eu sei que você a Eleonora são cúmplices, mas a vida é assim: uma naja sempre conhece a outra. E eu sei que com certeza você e a bandida estão tramando contra mim e contra minha família, toma cuidado que vocês podem não estar vivas pra executarem o plano.

JOANA - Está nos ameaçando?

BEATRIZ - De forma alguma, eu só estou avisando. Você já perguntou a Eleonora o principal motivo dela me odiar tanto? É que eu matei o homem que ele mais amava na vida, e do mesmo jeito que eu já matei pra proteger minha família sou capaz de matar de novo e de novo, quantas vezes precisar, afinal como a Eleonora mesma disse eu sou uma assassina, e de certa forma ela tem razão. Pra me proteger e proteger minha família eu sou capaz de tudo... Isso se a Eleonora não te matar antes, não seria o primeiro cúmplice que ela vai dar cabo.

JOANA - Sai daqui Beatriz, vai embora!

BEATRIZ - Claro, eu não quero ficar aqui nesse antro de najas. Eu não sei como o Rafa aguenta uma irmã como você, ele não merece!

Beatriz sai da suíte, Joana fecha a porta furiosa. Logo a campainha toca, furiosa ela volta para atender a porta, achando que é Beatriz e abre para Eleonora.

ELEONORA - Oi Jo.

JOANA - Oi Eleonora, como vai?

ELEONORA - Bem e você amiga?

JOANA - Tirando ter que aturar a sonsa da Beatriz aqui me ameaçando agora pouco, tudo bem sim.

ELEONORA - Logo logo ela vai ter o que é dela.

JOANA - Ah deixa essa songamonga aí de lado, agora Eleonora eu quero sua ajuda pra destruir uma rival minha, a Olívia.

ELEONORA - Que Olívia?

JOANA - Xi, vou te situar de tudo... A Olívia é uma rival minha que desapareceu há alguns anos atrás.

ELEONORA - Eu vi no jornal, a moça que morreu, tem o mesmo sobrenome do Marcelo.

JOANA - Não Eleonora, a Olívia não morreu, ela tá viva e muito viva e do lado do Marcelo, a Olívia é a Natacha.

Eleonora se lembra:

Natacha entra no quarto e fica chocada.

NATACHA - O que tá acontecendo aqui?

BEATRIZ - Socorro Natacha!

NATACHA - Essa mulher deve ser a Eleonora! Eu vou ligar pra polícia!

ELEONORA - Deus do céu! Eu to chocada!

JOANA - E tem mais, é ela quem está por trás dos ataques contra o Marcelo, ele acha que os ataques vem lá da Argentina, mas a pessoa que tá fazendo isso está bem debaixo do nariz dele.

ELEONORA - Você me deu uma ótima ideia Joana. Obrigado, tchau.

Eleonora sai da suíte apressada.

JOANA - Eleonora...

CENA 9. CASA DE LUCIANO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

Dr. Luciano está ao celular falando com Natacha.

DR. LUCIANO - Natacha, agora tá feito, não tem como voltar atrás... Eu já disse ao juíz que você está viva e que quer se defender da morte do Valdez, eu aleguei que a morte foi em legítima defesa...

NATACHA - Mas realmente foi em legítima defesa, ele ia me matar se eu não o alcansasse.

DR. LUCIANO - E também aleguei que você fugiu por medo do Marcelo te achar.

NATACHA - Ótimo Dr. Luciano, valeu! Mas eles não sabem que a Olívia sou eu né?

DR. LUCIANO - Não, mas nos próximos dias você terá que se apresentar à justiça.

NATACHA - Agora, eu vou usar a Marisol.

DR. LUCIANO - Que Marisol?

NATACHA - Quando o Marcelo soube que eu tava viva e a polícia tava atrás da Olívia aqui no Brasil, eu contratei uma atriz pra se passar por mim e forjar a morte, a Marisol.

DR. LUCIANO - Cuidado Olívia.

NATACHA - Eu terei.

CENA 10. CASA DE OLAVO/ COZINHA. INTERIOR. DIA

Henrique e Melisa estão tomando café da manhã, conversando um tanto tensos sobre Sandro.

HENRIQUE - Melisa, você acha que o Sandro supera aquilo que aconteceu?

MELISA - Não sei, foi um golpe muito forte.

HENRIQUE - Eu concordo, mas acho que sim!

MELISA - Tudo o que aconteceu com ele foi porque ele procurou, ele foi quem zombou do garoto que foi estuprado.

Eleonora entra na cozinha, vestida totalmente provocante.

HENRIQUE - Pra qual bordel você vai agora em Eleonora?

ELEONORA - A prostituta aqui é a minha querida mamãe e não eu.

MELISA - Eu vendi o corpo, sim, mas pra sobreviver, diferente de você filha, que vendeu porque é uma lambisgóia que só pensa em poder, e em manipular... Você foi muito mimada, o seu pai errou muito com você, sempre te deu tudo o que queria, passando sempre a mão na sua cabeça, e agora você se tornou essa pessoa terrível.

ELEONORA - Chega de blá blá blá mãe, tchau.

Eleonora vai embora.

HENRIQUE - Ela tá aprontando.

MELISA - E coisa boa não é.

CENA 11. FACULDADE/ CORREDOR. INTERIOR. DIA

Natacha está no corredor quando cruza com Marcelo.

MARCELO - Oi Natacha, de novo.

NATACHA - E a Argentina?

MARCELO - Não deu pra ir.

NATACHA - A polícia que eu chamei te interceptou?

MARCELO - Então foi você sua...

NATACHA - Eu não ia me sentir bem sabendo que um bandido está fugindo e estou sabendo e não denunciá-lo, bom agora eu vou trabalhar Marcelo, dar aula pros poucos alunos que estão vindo depois do escândalo.

Natacha sai, Marcelo entra em sua sala furioso.

CENA 12. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

Cristiano e Beatriz estão na sala de estar se beijando apaixonadamente.

BEATRIZ - Eu te amo sabe disso né?

CRISTIANO - Claro minha linda, eu também te amo muito, muito, muito, muito! Onde tava hoje de manhã?

BEATRIZ - Fui visitar a Joana, dei uma prensa na jararaca pra ela me deixar em paz, não funcionou ao que parece, mas ela tá com sobreaviso.

CENA 13. FACULDADE/ CORREDOR. INTERIOR. DIA

Eleonora entra na faculdade, Natacha observa escondida, atenta. Eleonora entra na sala de Marcelo.

MARCELO - Eleonora Martinelli, fazendo o que na minha faculdade?

ELEONORA - Ai Marcelo, sabe a vida como é? Quem diria, agora neste momento estamos precisando um do outro.

MARCELO - Você Eleonora, me ajudar no quê? E desculpa, mas eu não acho que poderia te ajudar em nada.

ELEONORA - Engano seu querido!

Eleonora se aproxima de Marcelo e sussura em seu ouvido.

ELEONORA - Eu posso te ajudar mais do que imagina, eu tenho informações bastante interessantes pra você, como por exemplo eu sei quem tá te chantageando. Só eu posso te livrar da cadeia, te livrar do inferno Marcelo, só eu.

Marcelo fica arrepiado. Natacha vê tudo atrás da porta furiosa.

MARCELO - E no que eu posso te ajudar?

ELEONORA - Esperança, Beatriz, Henrique... Eles estudam aqui e você, se aliando a mim pode me ajudar bem mais do que pensa. Estamos os dois afundando Marcelo, temos apenas um ao outro.

MARCELO - Eu aceito a parceria Eleonora.

Eleonora se afasta de Marcelo, Marcelo se levanta.

ELEONORA - Podemos também ser muito mais que parceiros, são infinitas as possibilidades baby.

Marcelo agarra Eleonora e eles se beijam. Eles param de se beijar e ficam agarrados se olhando fixamente.

MARCELO - Minha parceira.

ELEONORA - Meu parceiro.

 

A cena congela em efeitos avermelhados nos rostos de Marcelo e Eleonora agarrados sorrindo sarcásticos e quase se beijando novamente.

https://www.youtube.com/watch?v=x_UL-Ud5MPo

 

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO