Capítulo 14

Capítulo 14

Anteriormente em Vendetta...

Catarina vai para o hospital desacordada e quando acorda protege Eleonora por seu atropelamento, Álvaro atraí Henrique para o colégio e forja fotos comprometedoras com ele, Sandro pega as fotos comprometedoras de Alcides, Olavo fica em choque vendo as fotos de Henrique com Álvaro e sai com o carro descontrolado, Henrique tenta achar Olavo, Olavo totalmente transtornado sofre um acidente, Henrique tenta ajudá-lo, Olavo diz que odeia Henrique e logo em seguida o carro de Olavo explode.

CENA 1. AVENIDA QUALQUER. INTERIOR. DIA

HENRIQUE - (Gritando desesperado) NÃO!

Um homem desce no barranco para ajudar Henrique, Henrique se levanta e todo machucado corre em direção ao carro, o homem segura Henrique.

HENRIQUE - OLAVO! Me solta eu preciso ajudar o Olavo!

HOMEM - Não adianta mais! Ele morreu rapaz, você tem que aceitar!

HENRIQUE - (Chorando) Não, isso não pode estar acontecendo!

Um caminhão dos bombeiros chega no local, vários bombeiros descem do penhasco e abrem as mangueiras de alta pressão no carro de Olavo, Henrique chora inconsolávelmente distante do carro sendo apoiado pelo homem.

CENA 2. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

Sandro está assoviando tranquilamente, no sofá assistindo televisão, quando o telefone toca, Sandro vai até ele, o pega e o atende, do outro lado da linha fala um bombeiro.

SANDRO - Alô, quem fala?

BOMBEIRO - Alô, sou do corpo de bombeiros...

SANDRO - O que houve?

BOMBEIRO - O senhor é o pai de Olavo Martinelli?

SANDRO - Sim, por quê? Algum problema?

BOMBEIRO - Seu Sandro, eu sinto muito informar... Mas seu filho Olavo, acabou de sofrer um acidente de trânsito, o carro dele caiu num barranco e explodiu... Infelizmente ele não resistiu!

SANDRO - (Incrédulo) Não pode ser! Meu filho está morto!?

Sandro cai no sofá chorando.

SANDRO - (Chorando) Meu filho... Morto!

Eleonora entra na sala.

ELEONORA - Pai, o que foi?

SANDRO - (Chorando) Filha... O Olavo, ele morreu num acidente!

Eleonora finge estar incrédula.

ELEONORA - (Cinica) Meu irmão!

CENA 3. AVENIDA QUALQUER. INTERIOR. DIA

Vários peritos estão segurando uma maca coberta com um lençol branco carregando o corpo de Olavo, Henrique chora inconsolável de frente ao carro em chamas. A maca entra no carro do IML, os peritos entram no carro e ele parte.

HENRIQUE - (Chorando inconsolável) Por quê? (Gritando olhando para o céu) Por que meu Deus? Por quê?

HORAS DEPOIS...

CENA 4. CASA DOS MARCONDES/ QUARTO DE HENRIQUE. INTERIOR. DIA

Henrique está arrassado, lágrimas escorrem em seu rosto enquanto ele esvazia o seu guarda-roupa e põe as roupas numa grande mala, a porta do quarto bate. Henrique vai e atende Esperança.

ESPERANÇA - Ô Henrique, vamos jantar... Você precisa comer!

HENRIQUE - Estou sem fome.

Esperança abraça Henrique e ambos desabam em lágrimas.

ESPERANÇA - Tá difícil pra todo mundo Henrique... O Olavo era um garoto de ouro! Não merecia ter morrido.

HENRIQUE - Foi horrível vê-lo morrer daquele jeito e ainda por cima me dizendo aquelas palavras horríveis!

ESPERANÇA - (Reparando nas malas) Que malas são essas?

HENRIQUE - Eu vou voltar pra Marília amanhã, não tenho mais nada a fazer aqui...

ESPERANÇA - Você não pode... E a faculdade? E eu?

HENRIQUE - Não tenho mais vontade de nada, só tom vontade de sumir no mundo... Aliais, ter vindo pra São Paulo foi uma má ideia desde o começo, senão tivessemos vindo o Olavo estaria vivo agora!

ESPERANÇA - Nunca mais repete isso, ouviu?

HENRIQUE - Mas é verdade... Se eu pudesse voltar no tempo...

ESPERANÇA - Você foi vítima de uma armação Henrique! Quando você vai entender isso?

HENRIQUE - Não importa mais! Eu to decidido... Por favor respeita minha decisão!

ESPERANÇA - Tudo bem maninho, se é isso que você quer... Mas eu quero que você saiba que sempre poderá contar comigo e com a Bia do seu lado.

Esperança abraça Henrique, que continua chorando um pouco.

CENA 5. DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO. INTERIOR. NOITE

Mirtes entra pasma, Martins está na sala lendo uns enquéritos no computador.

MIRTES - Já leu a primeira página do jornal de hoje?

MARTINS - To aqui desde a 6 da manhã Mirtes, e só sai pra almoçar, você acha mesmo que eu li?

Mirtes joga o jornal na mesa, e na manchete está escrito "Mais uma tragédia abala a família Martinelli", e abaixo uma foto de Olavo e ao lado dessa foto uma foto do carro de Olavo em chamas.

MIRTES - Pela segunda vez, da coluna social à primeira página.

MARTINS - Meu Deus do céu! O irmão do Sílvio... MORTO!

MIRTES - Não... E pior é a reportagem, o Olavo era homossexual e estava namorando um homem, após o boato de que ele o traía o Olavo saiu descontrolado de casa e sofreu um acidente!

MARTINS - Deus tenha piedade da alma dele!

MIRTES - Tadinho do Olavo... Eu sinto que há alguma coisa por trás dessa história...

MARTINS - Você acha que foi armação?

MIRTES - A família inteira do Olavo queria separá-lo do Henrique, e do nada o Henrique é descoberto traindo o Olavo. Olha, no lugar do Olavo eu desconfiaria.

CENA 6. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA

A noite bastante fria sai e dá lugar a um dia que nasce tímido, um tanto nublado. A cidade segue seu ritmo natural, apenas um pouco acelerado.

CENA 7. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

As malas de Henrique já estão todas na sala, de frente para a porta, Toby, Beatriz e Esperança estão ao redor de Henrique e o ajudando com as malas.

BEATRIZ - Ai Henrique... Você tem certeza que vai voltar pra Marília?

HENRIQUE - Sim! Mas antes eu vou passar no enterro do Olavo, não querem vir comigo?

BEATRIZ - Eu queria, mas a Eleonora vai estar lá e eu não quero encontrar com ela... Muito menos nesse momento.

HENRIQUE - Ok então... Bom, talvez um dia eu volto.

Henrique vai até Beatriz e Esperança e as abraça totalmente emocionado.

BEATRIZ - Vamos sentir sua falta.

HENRIQUE - Também sentirei a de vocês..

Henrique abre a porta, pega as malas e sai com elas, Henrique as coloca no porta-luvas do carro. Henrique lança um último olhar para Beatriz, Esperança e Toby. Henrique entra no carro, acena para as duas e parti com o carro.

CENA 8. CEMITÉRIO. EXTERIOR. DIA

Várias pessoas estão no enterro de Olavo, entre elas Álvaro, Alcides, Sandro, Eleonora, Natacha, Marcelo, Orlando e Cristiano, algumas pessoas vão chegando para se juntar ao enterro. Todos estão muito tristes, com exceção de Álvaro, Alcides e Eleonora. Sandro segura o caixão, extremamente arrassado.

SANDRO - (Pensamento) Por que hein Olavo? Por que você foi ter um caso com um viado como o Henrique?

Um pouco mais ao fundo Cristiano e Orlando conversam baixo.

CRISTIANO - (Sussurando) Tadinho do Olavo... Não merecia morrer!

ORLANDO - Não mesmo! E ainda por cima daquela forma horrível!

CRISTIANO - Eu não acredito que o Henrique traiu o Olavo, pra mim tem algo atrás disso.

Algumas pessoas vão se juntando ao enterro. Henrique entra no cemitério e aos poucos vai se aproximando, todos, aos poucos começam a vê-lo. Sandro se enfurece. Sandro olha para os lados e vê várias pedras. Sandro larga o caixão com Eleonora, vai até uma pedra e pega, enquanto Henrique se aproxima arrassado. Sandro fica na frente de Henrique há alguns metros de distância apenas. Henrique para amedrontado.

SANDRO - (Gritando) FOI VOCÊ O VIADO QUE DISVIRTUOU MEU FILHO E PROVOCOU A MORTE DELE! SEU DESGRAÇADO!

Várias pessoas com algumas exceções, entre elas Cristiano, Orlando, Natacha e Marcelo não pegam pedras.

HENRIQUE - É mentira! Eu não fiz nada disso do que você tá falando!

Sandro atira a pedra que está em sua mão contra Henrique e acerta sua cabeça enfurecido, o machucando bastante. Logo todos que estavam com as pedras a arremessam contra Henrique, o machucando. Sandro e outros mais pegam algumas pedras e novamente arremessam contra Henrique. Cristiano, Orlando e Natacha ficam barbarizados.

CRISTIANO - (Gritando barbarizado) PAREM COM ISSO!

Eles continuam apedrejando Henrique que tenta se defender.

HENRIQUE - PAREM! PELO AMOR DE DEUS!

Algum tempo depois, depois que Henrique já está bastante machucados, eles fazem uma pequena pausa.

HENRIQUE - (Gritando) Vocês vão se arrepender pelo que tão fazendo comigo! Vão se arrepender!

Cristiano vai até Henrique que já caminha para a saída chorando e todo machucado.

CRISTIANO - Quer ajuda?

HENRIQUE - Não precisa... Fica aí. Coloca uma flor na cova do Olavo... Por mim.

CRISTIANO - Pode deixar, eu ponho.

Cristiano abraça Henrique, que logo após sai do cemitério chorando inconsolável. O enterro continua com um pequeno falatório das pessoas. Henrique vai para o carro, entra lá dentro, já fora do cemitério começa a chorar.

Música: The Goodbye Boy (Instrumental) - Rodolpho Rebuzzi e Andre Sperling

Henrique chora inconsolável. Henrique se lembra:

Henrique e Olavo estão andando pelo imenso corredor, quase deserto. Henrique e Olavo se esbarram. Os cadernos de Henrique caem no chão.
OLAVO - Ai me desculpa!
HENRIQUE - Não, que nada, eu que tropecei.
OLAVO - Não, eu insisto. Me deixa te ajudar.
HENRIQUE - Ok.
Henrique e Olavo pegam os cadernos.
HENRIQUE - Você é o Olavo da minha turma da faculdade?
OLAVO - Sim, e você é o Henrique.
HENRIQUE - Eu mesmo. Eu tava indo fazer o trabalho que a professora passou, mas tem que ser em dupla, eu faltei ontem quando ela passou e fiquei sem dupla!
OLAVO - Eu também, e o pior é que é pra amanhã!
HENRIQUE - Só tem a gente sem dupla, vamos fazer juntos?
OLAVO - Ok!
HENRIQUE - Vamos lá no pátio,  e daí lá eu te passo o endereço da minha casa que é melhor.

OLAVO - Ok.

HENRIQUE - Maldita seja aquela hora... Maldita seja!

Henrique enxuga suas lágrimas, quando vê saindo do cemitério Álvaro, logo uma lembrança lhe veem a mente:

HENRIQUE - Estranho, nunca te vi por aqui... Mas não sei porque, acho que te conheço de algum lugar...

ÁLVARO - É que eu sou novo aqui! Comecei hoje à tarde como sec, ainda não sei como funciona direito.

HENRIQUE - Obrigado.

ÁLVARO - Espera! Você pode me indicar direito como funciona as instalações daqui?

HENRIQUE - Sim, é claro!

Henrique aponta o braço para frente.

HENRIQUE - Ali...

Álvaro pega o braço de Henrique e passa em torno de seu pescoço, Henrique mau percebe, Alcides fotografa.

HENRIQUE - E depois também, virando ali você vai dar na sala do diretor...

Álvaro passa a mão no bumbum de Henrique.

HENRIQUE - Opa! Isso aí não! Eu sou comprometido cara...

ÁLVARO - Vem aqui!

Álvaro agarra Henrique enquanto Alcides tira várias fotos. Álvaro põe a boca na orelha de Henrique e começa a mordiscar, Henrique tentando lutar, depois Álvaro aproxima sua boca da boca de Henrique que tenta relutar. Enquanto Alcides fotografa tudo.

HENRIQUE - Me solta cara! Me solta!

HENRIQUE - (Descontrolado) DESGRAÇADO! Ele foi cúmplice da armação.

Logo outra lembraça lhe vem a mente:

Álvaro, máscarado se aproxima com uma barra de ferro. Álvaro bate com força com a vara nas costas de Henrique que cai no chão.

ÁLVARO - É esse os direitos do homossexual.

Álvaro continua a bater em Henrique com a barra de ferro, por mais duas vezes. Henrique tenta se levantar e Álvara bate forte em sua cabeça com a barra de ferro.

HENRIQUE - (Descontrolado) Ele foi cúmplice do Sandro o tempo inteiro! Mas isso não vai ficar assim!

Henrique se lembra:

Henrique entra numa loja de armas, um pouco machucado após ter sido agredido por Álvaro. Um funcionário vai até Henrique.

FUNCIONÁRIO - Olá, posso ajudar?

HENRIQUE - Pode sim... Eu quero uma arma! Eu fui agredido recentemente e temo que façam algo mais contra mim... Quero estar pronto pra me defender.

Um tempo depois Henrique está segurando um revólver carrega, calibre 38.

Henrique para de se lembrar, Henrique rapidamente abre um compartimento do carro e pega seu revólver.

https://www.youtube.com/watch?v=FzvhDizVlI4

Álvaro entra em seu carro e parte, logo em seguida Henrique parte seguindo Álvaro que está sendo seguido.

CENA 9. FLAT/ SUÍTE DE NATACHA. INTERIOR. DIA

A porta do suíte está sendo forçada bastante, até que é arrombada, alguém entra dentro e coloca uma foto de Natacha pixando o carro de Marcelo e no verso está escrito algumas palavras. Logo em seguida a pessoa sai. Um tempo depois Natacha entra no flat e vai até a mesa de centro quando se depara incrédula com a imagem. Natacha pega a imagem e vira. Natacha começa a ler.

"Já não acha que chegou a hora de você literalmente começar a pagar por sua vingança? Abaixo está a conta e a quantia que você deve depositar!"

Natacha fica furiosa.

NATACHA - Que absurdo! Eu tenho que me livrar desse chantagista miserável!

CENA 10. CASA DOS MARCONDES/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. COMEÇO DE TARDE

Beatriz, Cristiano e Eleonora no sofá conversando, um tanto tensos.

BEATRIZ - Não acredito que fizeram aquilo com meu primo! Aquilo foi uma injustiça!

CRISTIANO - Ele saiu de lá mais arrassado do que ele entrou! Apedrejamento! Aquilo foi demais!

ESPERANÇA - Que ódio desse povo! Como eles poderam matar o Olavo, jogar a culpa no meu irmão e ainda por cima APEDREJÁ-LO!

CRISTIANO - Eu sou capaz de apostar tudo que o Henrique não traiu o Olavo e que o Sandro está por trás disso!

ESPERANÇA - Cinicos! Eles provocaram a morte do Olavo e jogaram a culpa em cima do Olavo! Como poderam com tanto cinismo?

BEATRIZ - Eu aposto tudo o que quiser que a Eleonora também tá por trás disso! Antes de morrer o Olavo me contou da surra que ele deu naquela piranha e que ela jurou vingança.

CRISTIANO - Olha eu não sei, mas eu sinto que o Sandro vai pagar pelo o que ele fez!

ESPERANÇA - Ao que eu saiba, o que eles fizeram não é crime.

CRISTIANO - Tramar contra o Henrique para que pareça que ele traiu o Olavo? Pode sim, por difamação e dano moral! Eles brincaram com a honra, a reputação, a dignidade e a moral do Henrique... Mas isso na justiça brasileira não resultaria em nada!

CENA 11. RUA QUALQUER. INTERIOR. COMEÇO DE TARDE

O carro de Henrique segue o carro de Álvaro, que para na sua casa. Álvaro desce do carro e entra na sua casa, logo Henrique sai do carro com a arma e invade a casa de Álvaro.

CENA 12. CASA DE ÁLVARO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. COMEÇO DE TARDE

Henrique entra e aponta uma arma para Álvaro que fica em choque.

ÁLVARO - O que tá acontecendo aqui?

HENRIQUE - Foi você que tava junto com o Sandro na armação de separar o Olavo de mim!

ÁLVARO - Eu não sei do que você tá falando... Nem quem é você eu sei!

HENRIQUE - Mentira sua! Eu sei que é você! E também foi você que o Sandro mandou me agredir?

ÁLVARO - Tá bom, eu admito! Fui eu que fiz tudo isso sim, mas você não vai me matar! Você não é igual ao Sandro e a Eleonora! Você não é um assassino como eles!

Henrique engatilha a arma, deixando Álvaro extremamente desesperado.

ÁLVARO - Não faz nada do que você possa se arrepender depois Henrique!

HENRIQUE - Eu não tenho mais nada a perder!

Álvaro pega o celular e com o celular com as mãos para trás e digita o número de Alcides, ele aperta em ligar e põe o celular no bolso, sem que Henrique perceba.

ÁLVARO - Por favor não me mata! Eu sou apenas um pau mandado do Sandro!

HENRIQUE - Não me interessa!

CENA 13. CASA DE ALCIDES/ QUARTO DE ALCIDES. INTERIOR. COMEÇO DE TARDE

Alcides estava deitado na cama descansando quando seu celular vibra. Alcides pega e abre, ouvindo Álvaro e Henrique. Alcides fica mudo apenas ouvindo tudo através do celular.

ÁLVARO - Eu não quero morrer! Toma cuidado com essa arma! Pode disparar!

HENRIQUE - Você acha que o Olavo queria morrer? RESPONDE!

Alcides desliga o celular.

ALCIDES - DROGA!

Alcides sai aflito do quarto.

CENA 14. CASA DE ÁLVARO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. COMEÇO DE TARDE

Henrique continua apontando seu revólver para Álvaro.

ALCIDES - Quem é?

ÁLVARO - É um amigo meu! Ele vai chamar a polícia! Abre a porta pra ele!

Henrique, apontando seu revólver vai até a porta e a abre, apontando sua arma para Alcides. Alcides se assusta com Henrique.

ALCIDES - O que tá acontecendo aqui?

HENRIQUE - Você deve ser o outro cúmplice do Sandro... Afinal o Álvaro não fez isso sozinho com o Sandro!

ALCIDES - (Para Álvaro) Ele já sabe?

HENRIQUE - Então é verdade mesmo! Entra agora!

Alcides entra, Henrique bate a porta. Henrique se aproxima de Álvaro, com Alcides que está perto de Álvaro e de Henrique.

HENRIQUE - (Chorando) Vocês e dois foram cúmplices do cara que me agrediram, que me humilhou, que matou a pessoa que eu mais amava pra impedí-la de ficar comigo e cúmplice da pessoa que me apedrejou! Seus desgraçados, acabou pros dois! (Para Alcides) Você poderia ter ficado de boa na sua casa Alcides, trabalhando lá no La Frontière, mas não! Tinha que vir aqui ajudar o amiguinho, agora você vai pro inferno com ele!

ALCIDES - Isso mesmo! Nós sómos CÚMPLICES! Não fómos nós que fizemos tudo isso. Foi o Sandro!

HENRIQUE - Que se dane! Eu não ligo mais... Vocês desde o começo sabiam que isso podia dar merda, estavam à par de tudo e executaram quase tudo a mando do Sandro, agora você quer que eu tenha pena dos pobres coitados ingenuos que não sabiam de nada?

ALCIDES - Não fómos só eu, o Álvaro e o Sandro que estavámos por trás disso... A mentora foi a Eleonora! Foi a Eleonora que tramou tudo!

HENRIQUE - Obrigado pela contribuição!

ÁLVARO - Não faz nada com a gente, você é uma pessoa boa! Você vai se arrepender pelo resto da vida!

HENRIQUE - Cala a boca!

ALCIDES - Eu tenho uma ideia pra te ajudar a se vingar do Sandro e da Eleonora... Mas pra isso você não pode fazer nada com a gente!

Henrique vira-se para Alcides, nesse instante Álvaro avança contra Henrique e levanta sua arma para o alto, Henrique começa a disparar a arma.

HENRIQUE - Solta essa arma! Solta!

Henrique puxa a arma com força e se desequilibra, batendo numa instante, a arma dispara contra Álvaro.

 

A cena congela em efeitos avermelhados no rosto de Henrique que está pasmo vendo a bala sendo disparada.

https://www.youtube.com/watch?v=x_UL-Ud5MPo

 

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO