2º Capítulo
2º Capítulo
Anteriormente em Vendetta...
Alcides diz que em breve possuirá para si o La Frontière; após uma grande perseguição policial Natacha está de volta ao país e pede emprego na faculdade com o intuito de vingar-se de Marcelo, Esperança reconhece Natacha como Olivia, Natacha diz que a partir daquele momento chama-se Natacha Durval; um assaltante invade o La Frontière e num momento de desespero é baleado e cai morto.
CENA 1. LA FRONTIÈRE/ SALÃO. INTERIOR. NOITE
Todos estão incrédulos, olhando para Beatriz que está em choque. Beatriz joga a arma no chão. Todos em silêncio por alguns instantes, Alcides vai até o bandido e checa o seu pulso, Alcides vira para Beatriz chocado.
ALCIDES - (Para Beatriz) Você matou o cara!
Beatriz cai de joelhos no chão e começa a chorar inconsolávelmente. Todos perplexos, Esperança e Mário vão consolar Beatriz a abraçando.
ESPERANÇA - Ô minha prima, calma, tenha calma... Você é uma heroína, uma heroína ouviu?
BEATRIZ - (Chorando) Eu matei uma pessoa!
MÁRIO - Vai ficar tudo bem Bia.
Mário, Beatriz e Esperança olham para o corpo do bandido desolados.
CENA 2. CASA DE ORLANDO/ COZINHA. INTERIOR. NOITE
Orlando, Eleonora e Cristiano estão jantando tranquilamente.
ELEONORA - Então amor... Como foi a faculdade?
CRISTIANO - Boa, as aulas foram ótimas hoje.
ELEONORA - E na empresa?
CRISTIANO - Também foi bom. Por falar na empresa... (Para Orlando) O senhor já arrumou uma nova secretária pai?
ORLANDO - Não ainda, mas em breve vou arrumar.
ELEONORA - Assim espero, eu passo a tarde inteira sozinha nessa casa.
ORLANDO - (Para Eleonora) É que meu filho foi bem criado, não é um vadio como umas e outras.
ELEONORA - O que quis dizer com isso seu Orlando?
ORLANDO - (Ironico) Ah... Deixa quieto.
Eleonora, Orlando e Cristiano continuam comendo num clima tenso.
CENA 3. CASA DOS MARCONDES/ SALA. INTERIOR. NOITE
Henrique e Olavo estão quase se beijando, o celular de Henrique toca, acabando com o clima entre os dois. Henrique e Olavo caem em si e ficam envergonhados.
OLAVO - É... O telefone.
HENRIQUE - Vou... Vou atender.
Henrique vai até o celular e atende.
HENRIQUE - Alo, quem fala? Esperança, por que você tá assim? O que aconteceu? Ah meu Deus! O homem morreu?
Henrique se senta numa cadeira pasmo.
HENRIQUE - Chamaram a polícia!? Claro, claro... Eu tô indo pra aí agora.
Henrique desliga o celular.
HENRIQUE - Olavo, eu tenho que ir! É realmente muito importante... Depois eu volto.
OLAVO - Perai, vou com você!
Henrique e Olavo saem correndo rapidamente. Henrique desesperado.
CENA 4. LA FRONTIÈRE/ SALÃO. INTERIOR. NOITE
Todos no restaurante continuam lá, em pé, tensos. Beatriz continua encostada no chão perto do armário sendo amparada por Esperança e por Mário.
ESPERANÇA - Calma Bia, a polícia já está chegando!
BEATRIZ - (Tensa) Não! Polícia não, por favor!
MÁRIO - Calma Bia, você matou em legítima defesa de terceiros, todos aqui estão de prova que ele ia matar eu e a sua prima!
BEATRIZ - Eu tô com muito medo!
MÁRIO - Precisamos saber quem é o bandido!
Mário vai até o corpo do assaltante. Alcides fica tenso, Mário puxa a máscara e vê Sílvio.
MÁRIO - Então é o Sílvio.
A polícia entra no salão do restaurante, os policiais se aproximam de Beatriz, que se levanta olhando para o corpo de Sílvio.
CENA 5. CASA DE OLAVO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Sandro está assistindo televisão tranquilamente, o telefone começa a tocar, Sandro atende.
SANDRO - Alô. Sim, é o pai dele, o que tem? Ah meu Deus! Morto? (Lacrimejando) Meu filho morreu num assalto!
Sandro se senta e deixa o telefone cair.
CENA 6. CASA DE ORLANDO/ COZINHA. INTERIOR. NOITE
Orlando, Eleonora e Cristiano estão jantando tranquilamente. O celular de Eleonora toca.
ELEONORA - Só um momento.
Eleonora sai da mesa, vai até a sala, pega o celular que está na bolsa e atende.
ELEONORA - Alo, pai. (Preocupada) Por que essa voz estranha? Pai, fala comigo!
SANDRO - (Pelo celular) Seu irmão Sílvio, elel foi.... Ele foi...
ELEONORA - (Nervosa) Fala logo pai, pelo amor de Deus!
SANDRO - O Sílvio, foi assassinado enquanto tentava assaltar à um restaurante.
ELEONORA - (Chorando) Meu irmão!
CENA 7. CARRO DE HENRIQUE/ INTERIOR. NOITE
Henrique e Olavo estão andando no carro que está em alta velocidade.
OLAVO - Então quer dizer que sua prima matou um assaltante pra defender outras pessoas?
HENRIQUE - Isso mesmo! Coitada da Bia, deve tá arrassada!
OLAVO - Eu entendo ela... No lugar dela, faria a mesma coisa.
O celular de Olavo toca. Olavo atende.
OLAVO - O quê? (Lacrimejando) Meu irmão, foi assassinado enquanto assaltava um restaurante? Meu Deus do céu! (Olha para Henrique) Sim, eu estou chegando na delegacia.
Olavo desliga o celular e vira-se para Henrique.
HENRIQUE - O que foi que você tá assim?
OLAVO - Meu irmão, ele foi assassinado enquanto assaltava o restaurante La Frontière.
Henrique e Olavo ficam pasmos.
HENRIQUE - (Incrédulo) Então, isso quer dizer que a minha prima matou o seu irmão.
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CENA 8. DELEGACIA. INTERIOR. NOITE
Esperança, Natacha e Mário estão na delegacia, todos tensos.
BEATRIZ - Eu não quero ser presa Esperança!
ESPERANÇA - Vai ficar tudo bem.
Henrique e Olavo entram na delegacia e se deparam com Beatriz. Henrique abraça Beatriz.
HENRIQUE - Ah prima! Que barra você deve tá passando.
OLAVO - Olá, você deve ser Beatriz.
BEATRIZ - Sim, eu mesma... Quem é você?
OLAVO - Eu sou o irmão do Sílvio e colega de faculdade do Henrique.
BEATRIZ - Eu não queria matar seu irmão, eu...
OLAVO - (Corta) Eu sei disso, no seu lugar eu faria a mesma coisa.
Olavo e Beatriz se abraçam.
CENA 9. DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO. INTERIOR. NOITE
O Delegado Martins e Beatriz estão conversando, Beatriz está em choque.
MARTINS - Então dona Beatriz, a senhora quer que um advogado acompanhe este depoimento?
BEATRIZ - No momento eu abro mão de um advogado.
MARTINS - Você admite que matou o assaltante Sílvio Buarque Vieira?
BEATRIZ - Sim, eu admito, mas foi em legítima defesa, pra defender minha prima e meu chefe!
MARTINS - Como aconteceu tudo, conte em detalhes, até o momento em que a polícia chegou e te encontrou daquele jeito.
BEATRIZ - (Lembrando) Eu tinha acaba meu expediente no restaurante, eu e minha prima iamos jantar no La Frontière, então o assaltante invadiu o restaurante, armado e máscarado, mandou todo mundo ir pra debaixo das mesas, e começou a saquear os clientes, depois ele assaltou o caixa e daí por algum motivo ele ia matar o Mário, então minha prima avançou por cima dele, pegou sua arma e jogou pra mim antes que ele recuperasse a arma e matasse ela e o Mário. Nesse instante ele tirou um canivete do bolso da calça, apontou pra minha prima, ele ia esfaquear ela, então eu atirei uma vez nele e depois mais outra e ele caiu no chão morto.
MARTINS - Por que você atirou duas vezes?
BEATRIZ - Foi tudo muito rapido, eu só puxei o gatilho uma vez, em seguida engatilhei a arma e puxei o gatilho outra vez... Acho que foi porque talvez, naquele momento eu tivesse pensado que não tivesse o atingido.
MARTINS - Obrigado pelo depoimento, se a versão das testemunhas e das câmeras de vigilancia do restaurante baterem com a sua versão, você está liberada e aguardará julgamento em liberdade.
CENA 10, FLAT/ SUÍTE DE NATACHA. INTERIOR. NOITE
Natacha liga a televisão no jornal.
NATACHA - Vamos ver as desgraças do dia.
JORNALISTA - (Na TV) Agora à noite, houve um assassinato no restaurante La Frontière.
NATACHA - Esse é o restaurante em que a Bia trabalha!
JORNALISTA - (Na TV) Um assaltante armado invadiu o restaurante e foi assassinado por uma cozinheira que trabalha no restaurante e no momento do crime.
NATACHA - Só o que faltava era a Bia ser a assassina.
JORNALISTA - (Na TV) Daqui a pouco, acompanhe mais detalhes sobre esse caso.
CENA 11. DELEGACIA. INTERIOR. NOITE
Sandro entra na delegacia. Sandro vai até uma escrivã da delegacia.
SANDRO - Olá, eu gostaria de falar com uma mulher que deve estar aqui nessa delegacia.
CENA 12. LA FRONTIÈRE/ SALÃO. INTERIOR. NOITE
A policial Mirtes e o delegado Martins estão vendo as fitas das câmeras de segurança.
MIRTES - Ao que tudo indica, a Beatriz falou a verdade.
MARTINS - É. Ela será liberada nas próximas horas, já que todas as testemunhas estão à seu favor, e também as câmeras de vigilancia.
CENA 13. DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO, INTERIOR. NOITE
Sandro entra na sala do delegado, onde está Beatriz. Beatriz, ao ouvir a porta e vira-se e se depara com Sandro.
SANDRO - Então é você que matou o meu filho.
A cena congela em efeitos avermelhados nos rostos de Beatriz, que está extremamente tensa e Sandro que está sem reação.
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CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO